A coligação PSD/CDS acha que o presidente da Câmara de Vizela não tem condições para se manter à frente dos destinos do Município nem para se recandidatar, face às alegações de violência doméstica.
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Depois de não ter obtido respostas às questões que colocou ao presidente da Câmara de Vizela, na reunião do Executivo desta terça-feira, a coligação “Vizela é para todos” (PSD/CDS) exige, em conferência de imprensa, que Victor Hugo Salgado se pronuncie, nomeadamente sobre se acha que tem condições para se manter em funções e para se recandidatar, “quando o Partido Socialista lhe retirou a confiança política”. Para a Oposição, é claro que o autarca terá de suspender o mandato.
“Eu não me posso calar nem normalizar o que se está a passar, como está a ser tentado”, afirmou Jorge Pedrosa, vereador eleito pelo PSD e líder da coligação “Vizela é para todos”, a propósito das notícias sobre a investigação por violência doméstica de que é alvo Victor Hugo Salgado. O vereador social-democrata não ficou satisfeito com a ausência de respostas na reunião do Executivo, na manhã desta terça-feira, e diz que “neste caso o silêncio é ensurdecedor”.
Para o vereador do PSD, o comunicado que o presidente da Câmara e a mulher emitiram, no qual que falam numa “tentativa de instrumentalização da vida privada para fins de combate político”, é “um regresso ao tempo em que ‘entre marido e mulher não se mete a colher’”. Jorge Pedrosa acrescentou que, no comunicado do casal, “os factos não são negados”.
PSD e CDS querem que o PS local se pronuncie
Em função da gravidade da situação, o líder da coligação “Vizela é para todos” quer que Victor Hugo Salgado se pronuncie com a maior brevidade possível e insta também o PS local a vir falar sobre o assunto. "Exigimos respostas porque é uma situação demasiado grave para ser abafada por interesses políticos”, aponta Jorge Pedrosa.
A coligação“Vizela é para todos” quer que o presidente da Câmara se pronuncie sobre estar alegadamente envolvido num caso de violência doméstica e estar a ser alvo de um inquérito por esse motivo. Pretende ainda que o autarca fale sobre a retirada de confiança por parte do secretário-geral do PS e se tem condições para se manter à frente dos destinos do concelho, para voltar a ser candidato. Todavia, Jorge Pedrosa aponta como “única solução, a suspensão do mandato”.