O foco de poluição que se verifica no rio Tejo desde quarta-feira, na zona de Abrantes, levou à realização de ações de inspeção extraordinárias em Abrantes e Mação, estando ainda por identificar a origem do problema.
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Em declarações à agência Lusa, fonte oficial do Ministério do Ambiente admitiu que "não está identificada a origem da poluição".
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A mesma fonte indicou que a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) realizou esta quinta-feira "duas ações inspetivas extraordinárias em ETAR's de Abrantes e Mação", mas os resultados das análises "só serão conhecidos dentro de alguns dias".
Segundo a fonte, "as inspeções constaram da colocação de um dispositivo para recolha contínua de amostras por um período de 24 horas, como determina a lei", tendo acrescentado que "mais ações não programadas vão decorrer na região face ao fenómeno de poluição que se assiste no Tejo".
A Câmara Municipal de Abrantes emitiu ao final da tarde um comunicado onde afirma estar "a acompanhar com preocupação e indignação a situação de extrema poluição verificada nas últimas horas no rio Tejo", no território do concelho de Abrantes.
Em declarações à Agência Lusa, a presidente da autarquia, a socialista Maria do Céu Albuquerque, defendeu que "o verdadeiro foco do problema, está em Vila Velha de Rodão".
"O Ministério do Ambiente está a fazer o seu trabalho, mas não queremos que isto seja uma manobra para retirar as atenções do foco e basta ver os vídeos que mostram que a montante de Vila Velha de Rodão a água está límpida e a jusante com espuma e água escura", defendeu.
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Tendo classificado a situação que ocorre na zona de Abrantes como "assustadora e inqualificável", a autarquia salienta, em comunicado, que "relativamente aos parâmetros da cor, do cheiro e da formação de espuma espessa no rio não se verificam exclusivamente no território do concelho de Abrantes" e que "verifica-se a montante".
"Sob pena de perdermos um grande ativo nacional que é o rio Tejo, urgem soluções efetivas e concretas e informação rigorosa sobre o que está a ser feito", conclui.
A Celtejo, fábrica de pasta de papel da Altri, em Vila Velha de Ródão, disse esta quinta-feira em comunicado que é "totalmente alheia" aos recentes fenómenos de poluição no rio Tejo e adianta que "cumpre escrupulosamente" a regulamentação ambiental nacional.