"Mesmo sendo rapaz tem muito jeito na jardinagem". Quem o diz é Sónia, mãe de Gonçalo Pinto, 13 anos, enquanto fotografava o filho junto ao desenho que ele fez na aula de Educação Visual e que integra a 11.ª Exposição Internacional de Orquídeas do Porto, que está patente até este domingo na Exponor, em Leça da Palmeira, Matosinhos.
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O desenho, claro está, é de uma orquídea, planta que Sónia até confessa ter "várias em casa". Mas acabam "todas por morrer", lamenta.
Os alunos de Educação Visual da Escola Flávio Gonçalves e de Design de Comunicação e Audiovisuais da Secundária Eça de Queirós, ambas da Póvoa de Varzim, foram desafiados a inspirar-se em orquídeas e a apresentar as suas propostas. Ou não fosse a professora Inês Vilar também ela uma amante desta planta e membro da Associação Portuguesa de Orquidofilia (APO).
Frio e calor
Este sábado, Graziela Meister, presidente da APO, que todos os anos organiza esta mostra e venda de orquídeas (a última exposição, por conta da pandemia, aconteceu em 2019), referiu ao JN que o segredo para as orquídeas durarem "é saber especialmente de onde são oriundas". E explicou: "Há umas que são do calor, mas há outras que preferem o frio. As mais vulgares e mais vendidas, por exemplo, precisam de um mínimo de 18 graus e no inverno há muitas que acabam por morrer por isso".
Graziela, colecionadora de orquídeas ao longo da vida, tem atualmente dois mil exemplares, sendo que o que mais gosta nesta planta "é a sua diversidade".
É isso que Graziela tenta espelhar na exposição, que este ano conta com 34 stands e a participação de produtores do Equador, Colômbia, Brasil, França, Espanha e Portugal. Para visitar a mostra, que este domingo está aberta das 10 às 19 horas, o bilhete custa cinco euros.