Os tricórnios da Universidade do Minho ganham cor e os olhos enchem-se de lágrimas
Finalistas da academia minhota participaram, este sábado, na cerimónia de imposição das insígnias, em Braga e em Guimarães. É um dos momentos mais emotivos do Enterro da Gata.
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Os estudantes da Universidade do Minho (U. Minho) viveram, este sábado, um dos dias mais emotivos do Enterro da Gata com a imposição das insígnias aos finalistas. Em Braga e em Guimarães, milhares de alunos vestiram bem cedo o traje para participar na cerimónia em que os tricórnios pretos são trocados por outros coloridos, em representação de cada curso, o que simboliza o final daquela etapa.
Por tudo isso, este é um momento de emoções – fortes, fortíssimas, que se juntam, misturam e contradizem. Em que a euforia de quem concretiza um objetivo anda de mãos dadas com a nostalgia de quem viu um capítulo fechar-se. Em que há felicidade e alegria como há tristeza e incerteza.
“São muitas emoções à flor da pele, é até difícil de descrever. É nesta altura que nos lembrámos de todas as vezes que nos diziam para aproveitarmos ao máximo, porque ia chegar rápido ao fim”, conta ao JN Lara Gonçalves, estudante de Ciências da Comunicação, para quem os três anos do curso “passaram a voar”.
Depois de um início com o Velório da Gata e as serenatas, na noite de sexta-feira, a imposição das insígnias e o cortejo, marcado para quarta-feira, são os “momentos altos” para Filipa Durães. “É impossível não nos emocionarmos, não chorarmos, porque há muitas coisas dentro da nossa cabeça”, assegura a também finalista de Ciências da Comunicação.
Juntar a família
Ainda emocionada, com as mãos trémulas, pouco depois de o namorado lhe ter colocado o tricórnio vermelho de finalista de Direito, Ana Silva admite ao JN que este é um momento de “sentimentos agridoces”. “Estou prestes a concluir uma etapa de quatro anos que custou muito”, diz a estudante, de Barcelos, que contou na cerimónia com a presença dos pais, Rosa Rodrigues e José Silva, do irmão Dinis e do namorado, Manuel Casa Nova. A mãe assegura que se emocionou quando viu a filha subir ao palco com os colegas de curso. “É inevitável. É um dia de muito orgulho”, resume Rosa, com a voz ainda embargada.
A importância de partilhar este momento com os amigos e com a família é, aliás, uma das mensagens que os finalistas mais repetem. “É muito importante termos connosco aqueles que nos apoiaram neste percurso, tanto na universidade como em casa. Ver aqui os meus pais, os meus tios e os meus avós é fundamental”, garante Tomás Silva, finalista de Negócios Internacionais.
Refeitos das primeiras emoções, a noite de ontem foi a primeira com concertos no Forum Braga, por onde, até sexta-feira, vão passar nomes como Dillaz (terça), Quim Barreiros (quarta), Capitão Fausto (quinta), Hybrid Theory (sexta) ou Plutonio (sexta).