O Município de Ourém reclama a criação de um Serviço de Atendimento Permanente (SAP), a funcionar até à meia-noite no centro de saúde da sede de concelho, uma medida que, segundo o presidente da autarquia, Luís Albuquerque, permitirá “aliviar” as urgências do Hospital de Leiria
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O pedido do autarca foi expresso durante a inauguração das unidades de saúde de Rio de Couros e de Caxarias, que teve lugar, esta segunda-feira, e que contou com a presença do primeiro-ministro e da ministra da Saúde. “Precisamos de um SAP aberto até às 24 horas para resolver muitos do problemas que temos no concelho.
"Permitia dar assistência a pessoas que, por um simples corte, se veem obrigadas a recorrer ao Hospital de Leiria, que tem graves constrangimentos nas urgências”, alegou Luís Albuquerque.
O autarca realçou ainda o investimento do município na requalificação de unidades de saúde – seis em sete anos –, com a expectativa de que melhores condições de trabalho possam atrair clínicos e, dessa forma, dar resposta às 17 mil pessoas do concelho (que tem cerca de 50 mil habitantes), que não têm médico de família.
Montegro destaca "bom exemplo"
“Não fora o programa Bata Branca [que recorre à prestação de serviço de médicos reformados] a colmatar as falhas do SNS, a situação do concelho seria uma verdadeira tragédia”, admitiu Luís Albuquerque, adiantado que, neste momento, o projeto conta com dez clínicos.
O programa foi, aliás, apontado pelo primeiro-ministro com um “bom exemplo” daquilo que o Governo pretende que seja “uma visão coletiva do País para resolver alguns dos problemas”. Face à “impossibilidade circunstancial que temos, de não ter oferta de médicos, podermos aproveitar o que há na sociedade, de capacidade instalada, para a acolher dentro do SNS e podemos dar uma resposta ao cidadão”, defendeu Luís Montenegro.
O autarca de Ourém voltou a reivindicar a construção de uma ligação do IC9 à A1 e de um metro de superfície, a ligar a futura estação da alta velocidade em Leiria e Fátima.