Encontro Intercultural para integrar imigrantes, que agradeceram o acolhimento nas escolas.
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Luciana Sanchez e Mariano Castro são argentinos e moram há dois anos em Paços de Ferreira. Com dois filhos a frequentar as escolas do concelho, participaram ontem à tarde no Parque Urbano, num encontro intercultural que juntou famílias dos 370 alunos, de 25 nacionalidades, que frequentam as escolas do concelho neste ano letivo.
“Estamos muito gratos a esta comunidade. A sociedade de Paços de Ferreira é muito acolhedora e fizeram esta festa para podermos conhecer melhor os pais dos amigos dos nossos filhos”, disse ao JN Luciana Sanchez, uma das muitas famílias estrangeiras que marcaram presença na festa, organizada pela Câmara de Paços de Ferreira e pelas associações de pais das escolas do concelho, para promover o convívio entre locais e estrangeiros, fomentando a sua integração na sociedade.
Ao longo da tarde e noite, houve música, dança e partilha de tradições e de cultura, onde a gastronomia ganhou um lugar de destaque. “É um evento muito bom para todos, pois podemos socializar. Estamos aqui para participar e compartilhar”, garantiu Luzia Aguiar, que juntamente com o marido João e com o filho Lucas, de 11 anos, se juntou à festa, satisfeita pela oportunidade de poder socializar com a comunidade de um concelho que os recebeu “de braços abertos” há dois anos, vindos do Brasil.
Creuza Eduardo, natural de Angola, chegou a Paços de Ferreira há menos tempo com as quatro filhas e foi também ela conhecer a comunidade escolar que acolhe a sua família há cinco meses. “As crianças integram-se muito bem na escola, mas para nós é mais difícil”, confessou.
Para o vereador Paulo Ferreira, o concelho ganha com esta “diversidade cultural”. “Precisamos de conhecer outras culturas, outras realidades e não há melhor forma de o fazer do que numa escola”, referiu, destacando o trabalho “extraordinário” que é feito pelas escolas junto dos alunos estrangeiros, “com acompanhamento extra para que possam aprender melhor a língua e os conteúdos lecionados”.
“Gosto mais da escola em Portugal do que no Brasil. Fui muito bem recebido e foi fácil fazer novos amigos”