Pagava 15 euros para atuar meio ano no metro de Paris mas não pode fazer em Aveiro
Moisés Santos costumava tocar junto à ponte Laços da Amizade, numa das entradas do Fórum Aveiro, onde mostrava à cidade a sua arte. Deixou de o fazer desde que, em janeiro, foi abordado pela Polícia Municipal.
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Os primeiros acordes de “Knockin’ on Heaven’s Door”, de Bob Dylan, saem da guitarra de Moses Christopher – nome artístico de Moisés Santos, de 38 anos – e fazem parar um rapaz que vai a passar de bicicleta. A seguir, aproxima-se um casal. Ninguém arreda pé até ao final da atuação, ali, junto à ponte Laços da Amizade.
Deixou de o fazer desde que, em janeiro, foi abordado pela Polícia Municipal. “Perguntei se houve queixa, disseram que não, mas que a Câmara estava a proibir a música de rua e que nem sequer estava a emitir licenças”. Moisés foi identificado e recebeu o alerta: seria multado se o voltassem a encontrar ali. Só regressou para a reportagem do JN, uma música apenas, seis pessoas na assistência, dezenas a espreitar de passagem.