<p>A Câmara de Óbidos assina esta sexta-feira os primeiros contratos de parceria que permitirão aos habitantes do concelho ganhar anualmente até três mil euros com a venda de energia à EDP e reduzir em 75 % a factura energética.</p>
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Os contratos vão ser assinados no âmbito do projecto "Óbidos Solar" que visa a instalação de painéis fotovoltaicos e solares térmicos para acesso à microgeração em 1500 fogos, reduzindo em 60 mil toneladas as emissões de dióxido de carbono (CO2).
"É uma situação ímpar no país" explicou ontem à Lusa o vereador do Ambiente, Humberto Marques sublinhando a "forte componente social" do projecto que "vai permitir às famílias poupar no aquecimento de águas sanitárias e simultaneamente auferirem lucros da venda da energia que produzirem".
O projecto assenta numa parceria público-privada a que concorreram 14 das "maiores empresas" na área das energias renováveis.
As empresas suportarão os custos de instalação dos painéis fotovoltaicos e solares térmicos (que oscilarão entre os 25 e os 30 mil euros), "cabendo ao cidadão apenas uma comparticipação máxima de mil euros", explicou.
Um investimento que, segundo o vereador "ficará pago nos dois primeiros anos" em que o munícipe receberá 25 % da venda da energia produzida, "num valor estimado de 750 euros".
A empresa receberá durante um prazo de nove anos ou inferior, os restantes 75 % e, "a partir dessa altura o morador passará a receber anualmente o valor total da venda que será sempre superior a 1500 euros" concretiza Humberto Marques.
Num país em que existem apenas 2000 fogos dotados destes equipamentos, o vereador destaca o facto de o projecto associar "tecnologias de ponta" a um "território disperso e com uma forte componente rural" onde, num horizonte de quatro anos "o objectivo é instalar 40 mil painéis".