Pais ameaçam impedir abertura de escola no Porto

Em causa está a total ausência de obras estruturais desde que a Escola Básica Eugénio de Andrade, no Porto, abriu as portas em 1979. E isto, apesar de aquele estabelecimento de ensino ter sido integrado como "escola de intervenção/reabilitação muito urgente", no âmbito do acordo setorial de compromisso com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, estabelecido em 2023.

Ainda assim, segundo a Associação de Pais "as instalações continuam a degradar-se, colocando em perigo todas as pessoas que estudam, trabalham ou visitam a escola, persistindo as coberturas em fibrocimento, salas sem isolamento, pisos degradados e ausência de espaços cobertos".

As situações piores encontram-se no pavilhão gimnodesportivo e no polivalente que carecem de intervenções que os pais consideram "urgentíssimas, pelo risco continuado a que as crianças são diariamente expostas".

No caso do pavilhão, as infiltrações serão tantas que obrigam a que frequentemente seja impedida a sua "total ou parcial" utilização. O mesmo se passará no polivalente, obrigando os funcionários a "reutilizar os contentores do lixo como recipientes de água".

"Ao longo dos anos, diversos alertas têm sido feitos a este respeito, tendo sido confirmada pelas várias entidades responsáveis a necessidade da realização de devidas e profundas obras de reabilitação mas sem qualquer concretização", aponta a Associação de Pais.

Acresce que se trata de uma escola "com um número muito significativo de alunos com necessidades educativas especiais". "É um estabelecimento de ensino de referência para a educação bilingue", apontam ainda os encarregados de educação, lembrando que, a 23 de abril passado, aquele estabelecimento de ensino até acolheu as comemorações do Dia Nacional da Educação dos Surdos, que juntou cerca de mil alunos portugueses e espanhóis.