A Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas de Samora Correia (Benavente) está contra a instalação de uma antena de telecomunicações junto à Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos João Fernandes Pratas.
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O conselho geral do Agrupamento de Escolas de Samora Correia "pronunciou-se favoravelmente" quanto à instalação da antena de telecomunicações na parte exterior do estabelecimento, perto da vedação.
A Câmara de Benavente tinha pedido pareceres ao agrupamento e à associação de pais sobre a instalação da antena. Numa resposta enviada à Agência Lusa, o município remete uma decisão final para depois de nova reunião do conselho geral do agrupamento, que irá acontecer em breve. A autarquia espera que haja "consenso" entre as partes.
No parecer da associação de pais, a que a Agência Lusa teve acesso, é manifestado o "profundo desagrado" para com a possível instalação da antena de telecomunicações.
"Não temos nada contra o progresso, nem nos consideramos fundamentalistas, mas temos de salvaguardar os direitos dos cidadãos, que no presente caso são os nossos filhos, que vão passar a estar mais sujeitos a um campo electromagnético, durante um período significativo de tempo", sustenta o documento.
Apesar de "não haver dados que garantam os perigos do tipo de radiação em causa", os pais apelam ao senso comum e ao princípio de precaução, já que se trata de "um local onde, num raio de apenas alguns metros, se encontram praticamente todas as escolas do agrupamento".
No entender da associação de pais e encarregados de educação, tal situação "implica que as crianças do Agrupamento de Escolas de Samora Correia vão estar sujeitas às referidas radiações desde os três anos (idade em que começam o jardim de infância) até cerca dos 15 anos (idade em que concluem o 9.º ano)".
Os pais alertam também para o facto de haver, junto ao quartel dos Bombeiros, uma antena idêntica à que pretendem agora instalar ao pé da escola, o que levaria a " uma soma de potência de emissão das antenas".
Apesar da existência de limites europeus para este tipo de radiação, adoptados por Portugal, a associação de pais recorda que a Organização Mundial de Saúde (OMS) "recomenda um cuidado especial no caso de instalações de antenas junto a jardins de infância, escolas e parques".