Os encarregados de educação dos alunos que querem ingressar na Escola Básica do Furadouro, em Ovar, estão a exigir a abertura de uma nova turma de 1.º ano, de forma a garantir vaga para todas as crianças residentes nesta zona da cidade.
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A atual capacidade da escola deixou 17 estudantes que moram no Furadouro de fora, sendo distribuídos por outros estabelecimentos escolares. A preocupação das famílias levou à criação de uma petição pública que apela à abertura de uma segunda turma já no próximo ano letivo. No documento, sublinha-se que a situação compromete o direito das crianças a estudarem na sua área de residência e na comunidade onde vivem.
Mafalda Grade, promotora da petição, explicou, ao JN que, das 49 crianças que manifestaram interesse em frequentar a Escola Básica do Furadouro, apenas 20 conseguiram vaga.
“Foram pedidas reuniões urgentes às entidades competentes, incluindo ao presidente da Câmara de Ovar, Domingos Silva, mas a resposta só está agendada para terça-feira”, afirmou. Ainda assim, um grupo de pais foi recebido, anteontem, por uma técnica da autarquia. Durante o encontro, o grupo sugeriu a instalação de um contentor modular para acolher os alunos em falta, solução já concretizada noutra escola do concelho que irá receber alguns destes alunos.
Colocar contentor
Segundo os encarregados de educação, a técnica municipal indicou que a Câmara de Ovar não se opõe à ideia, mas que a decisão cabe à Direção-Geral da Educação (DGE). No entanto, num e-mail recebido por Mafalda Grade proveniente da DGE, é indicado que cabe à autarquia assegurar o ordenamento e o planeamento dos edifícios escolares.
O Partido Socialista de Ovar também já se pronunciou sobre o caso, manifestando “profunda preocupação e indignação face à insistente falta de vagas” na escola do Furadouro. O PS exige que todos os alunos tenham vaga sem serem obrigados a transferências “injustas” e defende a adoção urgente de medidas, ainda que provisórias, como a instalação de um contentor modular naquele estabelecimento de ensino.
Ao JN, fonte municipal garantiu que a Câmara só tomará uma posição pública sobre o assunto após a reunião com os pais, agendada para terça-feira.