Ex-líbris e um dos monumentos mais visitados do Porto reabre amanhã com novas regras e limite de lotação. Palácio da Bolsa e Museu da Misericórdia também voltam a receber público.
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Depois de 78 dias encerrada, a Torre dos Clérigos, um dos ex-líbris do Porto e dos monumentos mais visitados da cidade, volta a abrir portas amanhã. O mesmo acontecerá no Palácio da Bolsa e no Museu e Igreja da Misericórdia. O número de visitantes será reduzido e há novas regras que implicam, por exemplo, o uso obrigatório de máscara, a desinfeção das mãos e a medição da temperatura. E há redução temporária no preço dos bilhetes.
Nos Clérigos, há "um miminho extra" para os profissionais de saúde que têm estado na linha da frente no combate à covid-19: até final de 2021 têm entrada gratuita, extensível a um acompanhante, contou ao JN Manuel Fernando, presidente da Irmandade.
Uma coisa é certa: as visitas passarão a ser feitas com "máxima segurança". Desde logo, porque Museu e Torre, que anteriormente recebiam entre 1300 e 1500 visitas por dia, vão limitar o acesso a 400 pessoas. "A cada 30 minutos, entram 20 pessoas (10 por piso)", explicou Manuel Fernando.
Até para a igreja, cuja entrada é gratuita, haverá restrições, limitando-se a lotação a 34 pessoas. Aliás, será este o número máximo permitido já no domingo, pelas 21.30, quando for celebrada a única missa semanal neste templo, a cargo da Pastoral Universitária.
Loja é sala de confinamento
Mas ainda antes de o visitante chegar à bilheteira dos Clérigos, será feita uma triagem à porta, pela Rua de São Filipe de Nery. E se antes a primeira escadaria estava dividida entre entradas e saídas, agora é unicamente usada por quem chega. Do lado esquerdo para quem já comprou os ingressos via online; do lado direito para quem precisa de ir à bilheteira.
No espaço há uma câmara a medir a temperatura dos visitantes, como medida de prevenção.
"Caso alguém tenha febre, será encaminhado para a sala da antiga loja [espaço temporariamente encerrado preparado para o confinamento]. "Se for preciso chamar o INEM, a entrada será feita pela Rua da Assunção", referiu ao JN António Tavares, diretor-executivo dos Clérigos.
Do percurso habitual pelo museu, apenas estarão fechadas as salas de menor dimensão - como a do Cofre, onde pode ser vista a secretária usada por Nicolau Nasoni, arquiteto italiano autor do projeto dos Clérigos -, por não ser possível acautelar a distância mínima de dois metros.
De resto, a limpeza estará assegurada várias vezes ao dia, com "zonas de toque frequente a serem limpas seis vezes ao dia e instalações sanitárias de hora a hora", resumiu António Tavares. Um cuidado que se estende aos outros monumentos.
Novas regras
Clérigos
Haverá dispensadores de desinfetante no percurso. Os acríclicos e balcão de atendimento serão limpos a cada 30 minutos. Funcionários foram testados.
Palácio da Bolsa
Existe uma porta de entrada e uma de saída para evitar cruzamentos. Caso o visitante não tenha máscara, ser-lhe-á entregue uma de graça. As visitas serão limitadas a 20 pessoas. Funcionários foram testados.
Museu da Misericórdia
O Museu e Igreja da Misericórdia do Porto terão lotação máxima de 30 visitantes. Em todos os pisos há dispensadores de desinfetante, todas as áreas comuns são higienizadas de duas em duas horas. Os colaboradores que mexem com dinheiro vão usar luvas.