Comunidades asiáticas são tema da nova edição de festival internacional. Junta da Foz é parceira da iniciativa.
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Tudo começou no ano passado com um concerto do maestro e violinista Eliseu Silva, em Macau. No final da atuação, entre trocas de conversas e ideias, os macaenses rapidamente mostraram o interesse pelo Festival CONVIMUS, criando-se ali a parceria fundamental para a realização da 5.ª edição, que decorre de 17 a 28 de julho, no Porto.
O também presidente da associação organizadora do festival, AMASING, afirma todos os anos "abraçar propósitos diferentes. No ano passado, foi a Ucrânia. Este ano, celebramos Macau e, por isso, envolvemos estas comunidades asiáticas". Quanto ao impacto cultural que o festival trará ao Porto, Eliseu considera ser bastante alargado.
"Temos muitos concorrentes de Portugal, mas também de outros países", acrescentado ainda este ser "um festival que acaba por abrir portas muito importantes na vida destes jovens participantes". Contam-se cem participantes de 20 nacionalidades diferentes.
Echo Chan, fundadora do Espaço de Música e Arte de Macau, é quem traz os artistas macaenses à cidade. Diz "ser uma ótima oportunidade para mostrarmos a nossa música". Estarão presentes quatro artistas macaenses e 18 chineses num "um ótimo intercâmbio, onde queremos apresentar as obras criadas em Macau que contam a nossa história". O programa tem 30 horas músicas: concertos, masterclasses e um concurso internacional de violino e música de câmara.
"Valorizar património"
O presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, Tiago Mayan, afirma que "o festival precisava de um espaço e encontrou a sua casa aqui, o que nos deixa muito orgulhosos".
Com o CONVIMUS, viu a oportunidade de trazer "um espetáculo de enorme qualidade ao território devido ao envolvimento comunitário que tem", dando à comunidade "algo que não é comum por aqui". Os concertos passarão por monumentos e por locais históricos da união de freguesias: "a Igreja de São João da Foz, o Castelo de São João da Foz e o Castelo de Aldoar". Estes momentos, sustenta o autarca, irão "valorizar o nosso património".
Os destaques da edição deste ano vão para o dia 17, onde o festival irá celebrar a "Amizade Oriental Lusitana" num concerto em Gondomar, dedicado às boas relações entre Portugal e Ásia. No dia 26, haverá entrega de prémios com a presença do embaixador da China, do presidente da Fundação do Oriente e da embaixadora de Macau.
O concerto de abertura mantém-se no Teatro Rivoli, dia 20 de julho às 21 horas. À exceção deste, todos os concertos são de entrada gratuita.