O padre de Delães, Famalicão, chegou há três meses à paróquia e já levantou polémica, ao pedir uma contribuição monetária aos paroquianos e avisando que só quem paga é que pode usufruir dos serviços da igreja.
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O aviso não caiu bem junto dos fiéis, que consideram que o pároco não pode exigir pagamentos nem indiciar que não cumprirá com serviços da igreja, como funerais ou batizados, a quem não pagar.
O pedido da "côngrua" foi publicado no boletim da paróquia, afixado à entrada da igreja. "Por regra cada família deve contribuir com um dia de trabalho do agregado familiar", nos meses de fevereiro e março, diz a publicação. Mas "se tal lhes resultar "impossível" por razões sociais e económicas graves, "devem ter a humildade e delicadeza de o justificar junto do pároco", prossegue o texto, acrescentando que "só quem está inscrito e com a "situação em dia" é considerado pela paróquia (..) e pode usufruir de todos os bens e serviços". E acrescenta que quem está em atraso deve regularizar a situação para "evitar "coimas" estipuladas no "Protocolo de Relação" paróquia/paroquianos.
"Não concordo, cada um dá o que pode e o que quer, sempre foi assim", adiantou ao JN uma paroquiana.
Sem pedidos
Maria Margarida reconhece que não frequenta muitas vezes a igreja, mas revela que ainda há pouco batizou a neta e ninguém lhe perguntou "se tinha pago o que quer que seja".
O pároco João Antunes (que saiu de Carapetos, em Barcelos, após ter entrado em desacordo com os paroquianos) não quis prestar declarações sobre o assunto, mas adiantou que tudo está de acordo com as regras. Acrescentou que o dinheiro não é para si, mas para o "fundo paroquial", e disse estar disponível para qualquer dúvida ou esclarecimento dos paroquianos.