
Parque aquático estava orçado em 26 milhões de euros
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Autarca ameaça destruir obra na praia fluvial do Almargem, que já devia ter sido inaugurada em 2015. Empresa diz que quer concluir o equipamento de diversão.
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A Câmara Municipal de Viseu deu até ao final de 2024 para que o proprietário e promotor do parque aquático na praia fluvial do Almargem, em Calde, decida se vai ou não terminar a obra, que já vai com oito anos de atraso, pois deveria ter sido inaugurado em 2015.
O anúncio foi feito na última reunião do executivo. Segundo o presidente da Câmara, Fernando Ruas, depois de uma reunião entre a autarquia e os advogados que representam a empresa, ficou claro que "a intenção sempre foi, e é, terminar o projeto que se encontra devidamente planeado e sustentado". A verdade é que a obra está parada há anos, por isso a autarquia apresentou um prazo de caducidade à empresa, que justificou a demora com "processos judiciais".
"Declarámos a caducidade, mas com a condição de ficar em aberto. Isto é, se se vier a verificar a continuidade da obra, haverá uma licença especial para obras inacabadas", esclareceu Fernando Ruas, que gostava de ver o projeto concluído.
Segundo o autarca, a Câmara vai aguardar, mas de forma "vigilante". "Não temos razões para duvidar do que o advogado veio dizer, mas já deixámos bem claro: ou uma coisa ou a outra. Vamos aguardar, mas estar vigilantes", garantiu.
No mesmo encontro com o promotor do espaço, este terá deixado a convicção de que "tudo poderia e deveria estar solucionado durante o próximo ano de 2024, ou ainda durante o corrente ano".
A atração aquática devia ter sido inaugurada em 2015, com um investimento de 26 milhões de euros, mas o complexo foi abandonado pelo investidor inicial devido a problemas de financiamento e irregularidades no processo.
O aviso ficou claro. "É intenção do município que o processo termine e que a infraestrutura se destine ao uso da região. Contudo, caso a obra não prossiga, o proprietário terá de proceder ao desmantelamento da mesma", concluiu o autarca.
