As construções abandonadas e o imenso espaço verde que povoa a zona da Devesa, em Vila Nova de Famalicão, vão dar lugar ao Parque da Cidade. A obra custará 12,6 milhões de euros e deverá estar concluída entre Maio e Junho de 2012.
Corpo do artigo
"Será um parque integrado na cidade como se vêem poucos", referiu o vice-presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, no local onde nascerá a zona verde, com mais de 300 mil metros quadrados. Ao JN, o autarca explicou que se pretende aproveitar as potencialidades ambientais da área.
A par dos espaços verdes será construída, a partir do aproveitamento de algumas construções, uma zona de equipamentos de lazer e educativos.
O Parque da Cidade terá três entradas, sendo que o eixo rodoviário que circundará toda a zona verde desaguará na Avenida General Humberto Delgado, indo de encontro à rotunda D. Sancho I.
Em conjunto com a nova via começarão a ser aproveitadas algumas das construções existentes no terreno para ser edificada a Casa do Território, que fará a ponte "entre o passado e o presente". "Será um local onde se poderão ver as tradições mas também, aspectos ligados ao presente. Será uma montra de Famalicão", explicou Paulo Cunha.
O parque terá também um espaço destinado aos serviços educativos, cujo intuito é aproveitar o "contexto" para aí serem desenvolvidas diversas actividades. "Os serviços educativos no parque levam até contextos ambientais e culturais, nomeadamente através da réplica da pedra Formosa", adiantou o vice-presidente. Paulo Cunha salientou que os mais novos podem mesmo fazer "arqueologia experimental".
"O objectivo é que o Parque da Cidade seja vivo e possa também criar experiências", continuou, esclarecendo que todos os terrenos necessários já foram adquiridos pela Câmara de Famalicão.
Além destas estruturas, a zona vai englobar um parque de estacionamento, um restaurante/bar e um anfiteatro natural. Uma valência, aliás, que o arquitecto Noé Diniz considera um "elemento fundamental" - terá capacidade para três mil lugares sentados. O rio Pelhe, que atravessa a zona da Devesa, será usado para criar um lago, para usufruto dos visitantes do espaço verde.
Segundo explicou Paulo Cunha o "maior problema" quanto à despoluição do curso de água surgiu na ribeira de Talvai, que passa por baixo do edifício da Associação de Moradores das Lameiras. "Existia um problema na zona do Bairro de S. Vicente, mas a situação já foi monitorizada e estamos em condições de assumir a despoluição", assegurou.