O Parque Natural da Rio Formosa celebra 47 anos e para assinalar a data terá, durante este sábado, atividades para todas as idades, no Centro de Educação Ambiental de Marim, em Olhão. Caminhadas para a observação de aves, jogos para crianças, exposições e passeios de barco são algumas das ações preparadas.
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O evento organizado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em parceria com empresas de turismo de natureza, entidades científicas e parceiros locais, pretende reforçar o papel do Parque da Ria Formosa enquanto "espaço de educação, investigação e lazer sustentável". "O Parque Natural da Ria Formosa é mais uma área protegida, que visa salvaguardar os valores naturais e preservar o equilíbrio entre as atividades económicas, as pessoas e a natureza", afirma Carlos Ludovico, diretor regional do ICNF.
Durante este sábado, a população poderá "conhecer projetos de conservação da natureza, envolver-se em caminhadas interpretativas, oficinas práticas, passeios de barco pela Ria Formosa, num percurso científico conduzido pela Universidade do Algarve ou em atividades náuticas e momentos lúdicos". Todas as atividades são gratuitas e há ações destinadas a todas as idades, sendo que para algumas delas é necessário realizar uma inscrição.
"Esperamos casa cheia", sublinha Carlos Ludovico. "O tempo está favorável, estamos numa altura em que o campo está muito bonito, ainda não há muito calor, a fase da chuva também já passou. Portanto, estamos numa altura boa, em que as pessoas querem sair de casa, querem passear e o contacto com a natureza está na ordem do dia. É expectável que tenhamos uma grande afluência", acrescenta.
Limitar o turismo
O Parque Natural da Ria Formosa, que tem uma extensão de 18 mil hectares, foi classificado como Reserva Natural a 2 de maio de 1978 e depois reclassificado como Parque Natural e, abrange os concelhos de Faro, Loulé, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.
Com o turismo a crescer na região do Algarve, o diretor regional lembra que "as medidas que têm vindo a ser tomadas" têm tido em conta um certo "equilíbrio". "Não pretendemos ter apenas uma reserva de área protegida em que ninguém possa lá entrar, porque a beleza que o parque natural tem deve ser apreciado e contemplado", afirma Carlos Ludovico.
Contudo, o diretor regional realça que, por vezes, esse equilíbrio "é difícil" e que muitas das vezes as atividades turísticas têm que ser "limitadas e condicionadas". "Os promotores turísticos perante o potencial e a procura crescente pretendem aumentar a sua intervenção na área. Mas, por outro lado, não o podemos permitir. Se permitimos um aumento desmesurado deixamos de ter esta área protegida e passará a ser uma área quase que urbana", alerta.