Os parquímetros arrancados na madrugada de quinta-feira pela população foram repostos na última noite e estão esta sexta-feira a funcionar normalmente. A ação de recolocação das máquinas foi realizada sobre fortes protestos da população, mas sem incidentes.
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A EMEL - Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa - procedeu à recolocação dos 12 parquímetros na noite de quinta-feira, com os seus funcionários a serem alvo de grandes protestos da população. A presença da polícia impediu, no entanto, que se registassem incidentes ou que as máquinas voltassem a ser arrancadas.
Os efeitos práticos da revolta popular da população de Carnide duraram assim menos de 24 horas. Na tarde de quinta-feira, o próprio presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que tutela a EMEL, anunciou que os parquímetros iriam ser repostos "rapidamente" e, na realidade foi isso que aconteceu poucas horas depois.
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Durante a operação de recolocação, vários comerciantes, sobretudo donos de restaurantes associaram-se aos protestos da população, reclamando pelo facto de a Câmara não ter construído o parque de estacionamento de 200 lugares prometido e não ter feito avançar a requalificação das ruas, apesar deste projeto ter vencido duas vezes o Orçamento Participativo (em 2014 e 2015).
Já Fernando Medina deixou duras críticas à ação do presidente da Junta de Freguesia de Carnide, considerando muito grave "a postura de um representante do Estado" naquilo que considerou um "ato grave de vandalismo".
Além da recolocação dos parquímetros, a EMEL vai agora promover sessões de esclarecimento junto da população. A empresa anunciou quinta-feira uma queixa-crime contra desconhecidos pela retirada dos 12 parquímetros durante a madrugada de quinta-feira.