A primeira pedra da obra dos passadiços do rio Vizela foi, esta sexta-feira, lançada pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e pelo presidente da Câmara, Victor Hugo Salgado. Trata-se de um investimento de 1,7 milhões de euros, comparticipados em 1,2 milhões por fundos comunitários e em 500 mil pelo Município
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A obra implica a construção de seis quilómetros de percursos pedonais ao longo do rio Vizela e da Ribeira de Sá. Ao mesmo tempo, será feita a estabilização das margens, com a consolidação e recuperação dos muros existentes, à imagem do que já anteriormente foi feito na zona do Parque de Ponte.
Está também prevista a colocação de gradeamentos de proteção, a limpeza do leito, a remoção de inertes e o afastamento das pedras que impedem o normal curso da água.
No projeto estão incluídas quatro novas travessias do rio e várias estruturas em madeira, entre as quais plataformas suspensas e convencionais.
Despoluir o mar é uma ação que começa nos rios
Todo o percurso será iluminado com led e serão criadas zonas de receção e quatro áreas de descanso.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática frisou a importância da obra, "porque despoluir o mar é uma ação que começa nos rios". Duarte Cordeiro entende que a aproximação dos cidadãos aos rios é uma forma de os proteger, porque os torna vigilantes e exigentes, nomeadamente no que concerne à ação das autarquias.
O ministro destacou que "desde 2017 já foram investidos 75 milhões de euros na rede hidrográfica, beneficiando 140 municípios".
O presidente da Câmara prometeu que a empreitada ficará concluída até ao final do ano. Para Victor Hugo Salgado, trata-se "do cumprimento da promessa de despoluir o Rio Vizela" que, sublinhou, "muitos diziam que não era possível".
O edil lembrou os tempos em que esta linha de água era conhecida com "uma das mais poluídas da Europa". Recordou que foi preciso Vizela ameaçar que não votaria nas presidências e pôr uma ação judicial às Águas do Norte "para chegarmos aqui".