Passageiros contestam novas paragens sem luz e que não abrigam da chuva
Obras de instalação das novas paragens deverão terminar no próximo mês, garante a JCDecaux. Já foram colocados 1411 espaços pela capital lisboeta, mas ainda faltam 252 A restruturação do serviço da Carris Metropolitana em Alcochete e no Montijo avança no dia 1, com mais ligações a Lisboa.
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Depois das críticas no Porto, a substituição de paragens de autocarro também está a gerar grande contestação na capital. Há quase um ano que é raro encontrar uma paragem da Carris, em Lisboa, sem o passeio esburacado, sacos de entulho de obras ou pedras amontoadas no chão a ocuparem a zona onde os passageiros deveriam esperar. Os abrigos estão a ser substituídos e, nalguns casos, a empreitada fica parada durante semanas ou meses até ser retomada. Os utentes queixam-se do "processo moroso" e de terem de esperar de pé, mas também criticam os novos equipamentos "com bancos muito altos" e "sem iluminação à noite". Já foram instalados 1411 dos 2000 abrigos contratualizados à concessionária JCDecaux e encontram-se em fase de conclusão 252, estimando-se que estejam todos prontos em agosto.
Filomena Fernandes, 62 anos, espera pelo autocarro na Avenida Almirante Reis, apoiada nas grades da obra de uma paragem semiacabada rodeada por vários sacos com pedras. Com pouco espaço, põe-se no meio da estrada a tentar enxergar a carreira. "As obras estão muito demoradas e, quando esperamos, não temos condições. Já apanhei chuva", conta a moradora nas Olaias, que não gosta dos abrigos renovados.