A Stohr - Companhia Industrial Têxtil, em Landim, Vila Nova de Famalicão, fechou portas. E mandou para casa os 140 trabalhadores, garantindo que lhes pagará os salários até Março. Depois, vão aumentar os números do desemprego no sector têxtil.
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A notícia do fecho da empresa chegou no início de Novembro, mas não surpreendeu os trabalhadores,. Alguns, estiveram ontem frente à fábrica. "Já estávamos a contar com o pior. Estavam a retirar-nos trabalho", contam.
"A coisa está preta", diz Elisabete Carvalho que trabalhava há 15 anos na Stohr e vê-se agora a caminho do desemprego. O marido está na mesma situação. "Estamos os dois em casa. Ainda recebi o que tinha direito, mas o meu marido, que trabalhou 28 anos, não recebeuum tostão", lamenta. Com dois filhos e 37 anos Elisabete adivinha um futuro de dificuldades.
Depois de uma reunião com a administração para comunicar a decisão da empresa seguiram-se os trâmites legais necessários até que no passado dia 15, a têxtil fechou portas. "Somos funcionários até 3 de Março que é quando termina o prazo legal de vínculo à Stohr", contou Joaquim Castro, da Comissão de Trabalhadores, notando que ,depois da comunicação, seguiram-se as negociações.
Até Março, altura em que será entregue a documentação necessária aos pedidos do subsídio de desemprego, a empresa pagará normalmente os salários. De resto, as indemnizações devidas já foram pagas.
Segundo Joaquim Castro, os responsáveis da empresa justificaram o encerramento da firma com o facto de ter vendido a patente ficando, assim, impedida de produzir com a marca. "Ainda propusemos que fosse produzido fio com outra marca, mas tal não foi aceite", adiantam operários.
"A explicação que nos deram não nos convence porque podíamos trabalhar com outra marca", adiantou Joaquim Castro, referindo que a empresa não tem dívidas, "sempre trabalhou bem e beneficiou de subsídios além de ter um grande património".
O JN tentou , ontem, falar com a administração da empresa mas ninguém atendeu o telefone.