Paulo de Morais promete fim da taxa turística e estacionamento gratuito em Viana
Estacionamento gratuito para residentes, comboios e elevador de Santa Luzia a funcionar à noite e fim da taxa turística são algumas das medidas anunciadas, esta quarta-feira, por Paulo de Morais, candidato da Aliança Democrática (AD) à câmara de Viana do Castelo, nas eleições de 12 de outubro.
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O cabeça de lista, antigo vice-presidente da câmara de Porto, apresentou o seu programa eleitoral, vertido num dossier com mais de 100 páginas, e que contempla diagnóstico e ações concretas em várias áreas. “Este não é apenas um programa eleitoral para tentar ganhar as eleições, é um compromisso para cumprir rigorosamente no caso de sermos eleitos como esperamos”, afirmou o candidato.
As prioridades de Paulo de Morais passam pela transparência municipal, principalmente no licenciamento de operações urbanísticas, e pela implementação “pela primeira vez num município em Portugal”, da norma internacional ISO 37001 anticorrupção. O candidato destaca ainda uma “mobilidade a sério, à europeia”, estacionamento acessível nos parques municipais da cidade, reforço da atividade económica e devolução do IRS aos munícipes, redução da dívida camarária e do prazo de pagamento a fornecedores, melhoria da gestão do espaço público e combate à desertificação do centro histórico.
Paulo de Morais promete eliminar a taxa turística implementada em 2024 pela atual câmara PS, por considerar que o município “ainda não tem” fluxo de turistas que a justifique. Defende, por outro lado, que para servir as populações mais afastadas da sede de concelho, de Afife até Barroselas, devem ser criados “comboios noturnos”, para que estas se possam deslocar à cidade. Afirma ainda ser necessário “reconectar” Santa Luzia com a zona urbana, através do alargamento de horário do funicular de Santa Luzia, até à meia-noite, para servir o movimento de pessoas entre o monte e a cidade, nomeadamente dos peregrinos que pernoitam no albergue situado no cimo.
Sobre a atual gestão socialista, liderada por Luís Nobre, o candidato da AD criticou o endividamento, que diz ter atingido 7 milhões de euros a fornecedores em 2024. “As empresas telefonam-me a dizer que têm dividas da câmara”, disse, dando como exemplo uma carpintaria familiar que estará à beira da falência porque a autarquia lhe deve “30 mil euros”.
Acusou ainda os socialistas de “tratar uns como filhos e outros como enteados”, no que respeita ao licenciamento urbanístico.
Com a sua candidatura sob o lema “Novo Rumo”, Paulo de Morais afirma que delineou uma estratégia para alcançar “mais qualidade de vida e mais desenvolvimento” para Viana do Castelo, e fazer com que este município “deixe de ser periférico”, para “se tornar no centro de ligação entre o Norte de Portugal e a Galiza”.
“Viana poderá ser a verdadeira capital do Noroeste peninsular”, afirmou o cabeça de lista da AD, que se manifestou convicto que irá conquistar a câmara, gerida por socialistas desde 1994.