O PCP/Porto questionou, esta quinta-feira, o Governo sobre os apoios que estão a ser dados aos comerciantes e moradores afetados pelas enxurradas de sábado e que acompanhamento está a ser feito à eventual interferência da obra do metro na intempérie.
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Em comunicado, o PCP esclarece que, na sequência da visita efetuada pelo deputado na Assembleia da República, Alfredo Maia, aos locais afetados pelas enxurradas, questionou os Ministérios do Ambiente, Habitação, Infraestruturas e Coesão Territorial, sobre o episódio de chuva intensa que ocorreu no sábado.
Nesse sentido, o PCP quer saber que acompanhamento está a ser dado em termos de apoios aos comerciantes da baixa da cidade e moradores da zona das Fontainhas, afetados pela intempérie.
O PCP questiona também os quatro Ministérios sobre o acompanhamento que está a ser feito relativamente a "eventuais implicações" da obra do Metro - "atuais e passadas" - nos episódios registados na rua Mouzinho da Silveira e rua das Flores.
"Que intervenção direta ou apoio a medidas estão a ser considerados para o estudo das causas, das consequências, bem como das medidas a tomar na zona das Fontainhas, designadamente em termos de maior eficiência na drenagem de águas pluviais em cenário de fenómenos meteorológico extremos, de estabilização do terreno e segurança das construções?", interroga o PCP.
Na pergunta enviada à tutela, o partido quer ainda saber que colaboração está a ser prestada à Câmara do Porto.
O concelho do Porto registou, no sábado, em menos de duas horas, 150 pedidos de ajuda por causa das inundações em habitações e vias públicas, principalmente na baixa da cidade, disse à Lusa fonte da Proteção Civil local.
As enxurradas causaram também danos em algumas habitações na zona das Fontainhas.
No sábado, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, afirmou que ocorreu "uma tormenta" na cidade, com uma "grande" queda de água que provocou "56 ocorrências", com danos na Rua Mouzinho da Silveira, que ficou interditada.
Filipe Araújo destacou que a autarquia do Porto não estava preparada para o que sucedeu na Rua Mouzinho da Silveira, perto da estação de São Bento e da Ribeira, e onde decorrem obras da Metro do Porto, reconhecendo que as obras que estão a decorrer podem ter provado alguma alteração.
Na sequência das enxurradas, a Metro do Porto pediu um estudo sobre as condições da empreitada da Linha Rosa, que decorre na baixa da cidade, ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).