A dona de uma pastelaria de Baltar, em Paredes, queixa-se que uma pedra arremessada a partir da escola secundária partiu-lhe o vidro do carro. Alerta para o perigo de uma situação para a qual já tinha avisado a direção do estabelecimento de ensino.
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Em outubro de 2019, Teresa Rocha, dona de uma pastelaria em Baltar, que confronta com a traseira da Escola Secundária Daniel Faria, já tinha alertado a direção para o arremesso de "fruta e pedras" por parte dos alunos, que podia levar a danos nos veículos e pôr em causa a segurança das pessoas. Agora, afirma, na semana passada (a 6 de abril), o que temia concretizou-se. O parabrisas do seu carro, estacionado no parque de estacionamento entre o prédio e o muro da escola, foi partido devido a uma dessas pedras.
"A resposta do diretor foi que só identificando o aluno se poderiam pedir responsabilidades aos pais. Eu vi a pedra a ser arremessada, mas não vi quem foi", refere Teresa Rocha que, perante a falta de respostas, fez queixa na GNR. "Já acionei o seguro que trocou o vidro, e não quero ser ressarcida do valor, mas a escola tem de tomar medidas. E se acertassem numa pessoa, numa das muitas crianças que aqui moram?", questiona.
Ao JN, o diretor do Agrupamento de Escolas Daniel Faria - Baltar, António Aguiar, sustenta que não tem conhecimento que estas situações tenham ocorrido, que "não há provas" de que a pedra tenha sido atirada do recinto escolar e que não foi identificado pela queixosa o aluno em causa. "Não posso acusar 700 alunos", salienta, dizendo, no entanto, que já alertou os estudantes para esta questão através dos diretores de turma. Fala em "afirmações gratuitas", e diz que foi ele que sugeriu a queixa na GNR. "Se houvesse provas que foram alunos da escola os pais eram chamados a repor os danos causados", explica.