<p>As pedreiras de Mondim de Basto não reúnem os principais requisitos de segurança e deixam preocupados os bombeiros locais. A morte de mais um trabalhador, anteontem, segunda-feira, agudiza a necessidade de uma intervenção.</p>
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A morte de mais um trabalhador de uma pedreira em Mondim de Basto (ver caixa) vem levantar mais uma vez a questão da segurança naqueles locais de trabalho que são já de si perigosos devido aos materiais que são manuseados.
Pelo concelho de Mondim de Basto proliferam dezenas de locais onde se promove a extracção de pedra mas quem conhece bem esta realidade e tem responsabilidade pelo socorro reconhece que não estão reunidas as todas as condições de segurança e continua a ser perigoso trabalhar na pedra. "É um trabalho pesado que envolve muito ruído e há sempre muita falta de segurança", alerta Luciano Reis, comandante dos Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto.
A falta de segurança nas pedreiras já não é um problema novo mas poderia resolver-se, segundo o comandante dos bombeiros mondinenses, por uma maior sensibilização dos trabalhadores e gerentes das pedreiras para os riscos que correm. "As pessoas facilitam mas nós não podemos fazer mais", afirmou. É que os bombeiros de Mondim de Basto tentaram, há cerca de três anos, juntar os responsáveis pelas pedreiras para os elucidar dos perigos que correm e também para informar dos métodos que devem utilizar para precaver eventuais acidentes. Essa tentativa ficou, no entanto, frustrada pela fraca adesão dos principais interessados. "Fomos esquecidos e não nos quiseram ouvir. Apenas duas pessoas apareceram num contexto de mais de 30", lamentou Luciano Reis.
O comandante dos bombeiros lembra, contudo, que não lhes compete este tipo de acções e que só o fazem pela proximidade que têm ao perigo.