Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação passou a ser figura principal na campanha eleitoral autárquica no Marco de Canaveses.
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O governante, que aparece retratado ao lado da presidente da Câmara local, na primeira página da revista municipal "O Meu Marco" já levou a uma troca de comunicados entre a candidatura do PSD/CDS, liderada por Maria Amélia Ferreira, e a Câmara socialista liderada pela recandidata socialista, Cristina Vieira.
Sob o título "Carta aberta a Pedro Nuno Santos, a coligação de direita questiona o ministro "se participou voluntariamente em violação da lei eleitoral no Marco de Canaveses, na despudorada e ilegal vergonha que representou a publicação de uma revista municipal, contendo pura propaganda eleitoral da candidata do PS, às custas de dinheiros públicos".
Lembrando a proibição de propaganda institucional e publicação de revistas municipais durante o período eleitoral autárquico, a coligação de direita denuncia que a "câmara do Marco iniciou esta semana o envio de uma publicação de vergonha para o concelho".
A revista, paga com o dinheiro dos impostos e do esforço dos munícipes, conta com uma primeira página de propaganda eleitoral e uma foto que a ocupa na totalidade da capa da revista, mostrando Cristina Vieira, a candidata do PS, ao lado do Ministro Pedro Nuno Santos, prometendo "financiamento garantido" para a habitação. "Além do insulto à inteligência dos marcuenses e da ilegalidade, podem configurar um crime", pode ler-se na carta aberta.
A foto de Pedro Nuno Santos retrata uma recente visita que o governante fez ao concelho para dar "luz verde" ao financiamento da estratégia local de habitação.
"A Câmara do Marco de Canaveses, desde que o PS e Cristina Vieira estão no poder construiu zero casas, adquiriu zero casas, colocou no mercado a renda acessível zero casas e, em 2018, quando o Governo pediu que os Municípios fizessem o levantamento das famílias carenciadas de habitação, apresentou ao Ministro Pedro Nuno Santos zero páginas de estudo e zero famílias necessitadas. Mas vem agora, com a participação de um membro do Governo, proibida por Lei, prometer o que nunca fez", pode ler-se.
Em resposta, a Câmara Municipal emitiu também um comunicado considerando que as acusações dos partidos da coligação PSD/CDS "não são mais que um instrumento de uma campanha vazia de propostas e ideias, baseada em meras tentativas de denegrir o trabalho do atual Executivo Municipal".
Lembrando que "comunicar bem não é defeito, é virtude, é democracia, e os marcuenses sabem e reconhecem isso", a câmara "socialista" precisa que a revista "O Meu Marco" tem desde dezembro de 2018 periodicidade quadrimestral "e, esta edição cumpre com o compromisso assumido com os Munícipes e fornecedores".
"Como facilmente se constata, o conteúdo da revista incide, sobretudo, em informação de investimento, realizado e a realizar", nas diferentes áreas de atuação do município, "assim", acrescenta a fonte, "os munícipes - concordando ou não com as opções, considerando se foi suficiente ou se poderia ter sido feito mais - sabem o que a Câmara Municipal fez e podem avaliar, de forma informada e esclarecida, acerca da gestão dos dinheiros públicos", justifica.