Homem de Lousada tem 31 anos e sofre de leucemia mieloide aguda. Está internado há cerca de dois meses no Hospital de São João, no Porto.
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Nas últimas duas semanas, a família de Pedro Rafael Teixeira, que faz sexta-feira 31 anos, de Lousada, tem-se desdobrado em apelos nas redes sociais. Diagnosticado com leucemia mieloide aguda, e internado há cerca de dois meses no Hospital de São João, no Porto, precisa de um transplante de medula. Os familiares diretos não são compatíveis e a esperança é que surja um dador nas recolhas realizadas.
Natural de Figueiras e a residir em Lustosa, o engenheiro de energias renováveis era saudável, conta o irmão, Tiago Teixeira. Até que "teve uns quistos na axila, que davam uma dor ligeira com os movimentos. Foi ao médico e um exame confirmou que não era nada maligno, mas tomou antibiótico para aliviar", refere.
A seguir começou a queixar-se de dores num dente e a inflamação detetada, em alguém que tinha acabado de tomar antibiótico, não foi considerada normal. A recomendação foi de que fizesse análises, algo que Pedro pediu no mesmo dia à médica de família. "Foi fazer análises num sábado de manhã e o laboratório à tarde já lhe ligou a dizer que tinha valores muito alterados e devia dirigir-se a uma urgência o mais rapidamente possível", relata o irmão.
No Hospital de Penafiel, com análises complementares, já se apontava para leucemia. O diagnóstico final foi feito depois de um mielograma no Hospital de São João, onde ficou internado e iniciou a quimioterapia
E como "os resultados do primeiro tratamento ficaram aquém do expectável a procura por um dador compatível no banco mundial de medula passou a ser a única hipótese", afirma Tiago. O que começou com um apelo a familiares e amigos tem ganhado escala.
"Desgaste"
A família tem pedido a todos que se registem como dadores de medula nas recolhas que estão a ser realizadas pela região. A mobilização tem sido elevada e lamenta apenas as limitações, já que só são disponibilizados até 50 kits nas deslocações móveis que o Instituto Português do Sangue e da Transplantação faz.
Tiago diz que o irmão está "esperançoso, mas começa a ficar cansado", já se notando algum "desgaste" psicológico. "Mas ele diz que vai continuar a lutar", garante. A família espera que a onda gerada permita encontrar um dador. "Isto não é só para ajudar o Pedro, vai permitir ajudar outros Pedros, outros Joãos, outros Zés, que estejam ou possam vir a estar nesta situação",diz.
Como ajudar
Para ser dador de medula é preciso ter entre 18 e 45 anos de idade, ter no mínimo 50 quilos e 1,50 metros de altura e ser saudável. Nos próximos dias, na zona do Porto, as brigadas móveis do Instituto Português do Sangue e da Transplantação estarão em Matosinhos, Paredes (várias freguesias), Porto, Felgueiras, Póvoa de Varzim e Maia. Os horários e localizações podem ser consultados no site dador.pt.