Pedro Soares é o candidato do PSD à Câmara de Vila do Conde e, depois de anos "do mesmo", acredita na vitória.
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Em 2019, depois de várias tentativas, Pedro Soares subiu à liderança do PSD em Vila do Conde. Em junho de 2020, a sua candidatura à Câmara foi a primeira no país a ter outdoors na rua. A nova ponte sobre o rio Este e a ecovia do Ave, a ligar a cidade à ponte D. Zameiro, em Macieira, foram as primeiras promessas. Com Elisa Ferraz, diz, mudou o rosto, mas a forma de governar manteve-se: os mesmos "tiques", a mesma "incapacidade para resolver problemas estruturais". Por isso mesmo, o professor, de 50 anos, acredita na vitória.
Já disse que, se for presidente da Câmara, vai reduzir o preço da água em 35%. É possível o acordo com a Indáqua?
O nosso objetivo é baixar a tarifa em 35% e há dois caminhos: ou através do diálogo (e eu, por princípio, acredito no diálogo); senão, vamos para o resgate e vamos fazer com que a água volte a ter os serviços municipalizados. (Só para clarificar: nunca falamos na criação de uma empresa municipal. É serviços municipalizados)
Mas fizeram contas para perceber quanto é que isso custará?
Sim. Temos um estudo, pormenorizado. Estamos cientes de que o valor a ser pago é possível. Mesmo falando em milhões é e será um bom negócio para os vilacondenses. E não conta para o endividamento municipal, nem porá em causa o investimento dos próximos 12 anos.
Foi apresentada a Estratégia Local de Habitação. É curta?
É essencial, primeiro, olhar para os fogos existentes e apostar na sua reabilitação. Depois, é fundamental, dentro da nossa estratégia de criação das cinco novas centralidades, fixar jovens. Criando infraestruturas desportivas, sociais e culturais que deem os mesmos recursos a quem vive nas 29 freguesias que tem quem vive na cidade e construindo habitação a preço controlado. Propomos ainda isentar de IMT a aquisição de primeira casa para jovens até aos 35 anos. Depois de tantos anos, a sra. presidente vem, agora, apresentar um plano? É o espelho da sua ineficácia.
E a Ponte Pedonal sim ou não?
Há necessidade de uma ponte pedonal, mas não é a 50 metros de uma ponte rodoviária, que é também pedonal e ciclável. Defendo uma ponte mais à frente, junto à curva do "Castelo", que crie uma dinâmica de turismo, envolvendo toda a orla costeira e dinamizando a Azurara. Queremos ter uma cidade em conjunto.
Os fundos comunitários são para a mobilidade suave. Se não se tivesse havido tanta teimosia, estas verbas poderiam ter sido alocadas para a ecovia do Ave. São opções. Nós queremos o devolver o rio aos vilacondenses.
Uma prioridade?
A posta no território. As cinco novas centralidades para devolver a equidade ao concelho. A habitação social e a construção a preços controlados, o turismo - voltar a ter o Circuito Automóvel - e uma política fiscal diferenciadora: a taxa mínima no IMI, isentar de derrama as PME com volume de negócios até 500 mil euros, devolver às famílias 20% dos 5% de IRS.
Já disse que a nova ponte sobre o rio Este é para fazer...
É um projeto estruturante. A rede viária é exatamente a mesma de há 40 anos.
Alguém que esteve no poder tantos anos - o PS e a NAU -, vem hoje dizer que a rede viária é uma prioridade? O Masterplan aparece, agora, a oito semanas de eleições? É um projeto feito em cima do joelho e com o mero eleitoralismo do momento.
Corre-se o risco de não haver maioria absoluta. O PSD está disponível para acordos?
O PSD vai vencer as eleições. Se, porventura, não tivermos maioria, teremos que dialogar e chegar ao mais importante: o interesse dos vilacondenses.