Pela primeira vez, Douro vai ser descido a pedalar em bicicletas que também são barcos

Trata-se do Douro Stream, organizada pela Lightmobie, que junta no mesmo evento a mobilidade suave e a promoção do território do Douro, Património Mundial da Humanidade, através da descida do rio em bicicletas que também navegam.

Estas bicicletas, que vão além dos vulgares veículos de duas rodas, são dotadas de flutuabilidade e de navegabilidade. “Começamos em Barca D’Alva e acabamos a 19 em Vila Nova de Gaia, vamos pedalar rio abaixo. Vamos usar bicicletas comuns que podem ser usadas em qualquer estrada ou caminho, mas montadas sobre uma estrutura que dispõe de dois flutuadores, com um meio de propulsão associado à roda traseira e um meio de direção associado à roda da frente. E dessa forma iremos chegar ao Porto”, explicou ao JN Pedro Vasconcelos, responsável pela organização do evento.

O Douro Stream quer transformar-se num evento de referência e atrair praticantes de ciclismo. Nesta primeira edição conta com duas bicicletas, mas a meta é crescer nos próximos anos. “É a junção de várias coisas. Por um lado, uma marca global que é o Douro e o território que este rio envolve e, por outro lado, são as bicicletas portuguesas, visto que Portugal é o principal fabricante de bicicletas da Europa e está a reposicionar-se enquanto montador de bicicletas para países onde se investiga, desenvolve e se testam soluções para a mobilidade sustentável”, descreveu Pedro Vasconcelos.

A descida do Douro vai ser feita em 10 etapas, num total de 210 quilómetros.

A organização espera que esta seja a primeira de muitas iniciativas do género e que em 2026 e 2027 “o evento seja repetido com mais dinâmica, mais impacto e mais gente”, acrescentou o promotor. “Queremos divulgar o que é possível fazer com uma bicicleta e, ao mesmo tempo, mostrar a grande marca que é o Douro, e que juntas fazem um grande evento”, indicou o responsável da organização.