A Câmara de Peniche anunciou esta terça-feira que vai iniciar a reabilitação de um edifício da cidade para abrir o Museu das Rendas de Bilros.
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A autarquia consigna esta terça-feira ao consórcio construtor as obras, depois de ter obtido o visto do Tribunal de Contas.
A intervenção está orçada em 422 mil euros e tem um prazo de execução de 300 dias.
"Queremos potenciar a imagem de Peniche não só com o mar, mas também ligada à tradição e à sua identidade e, por isso, temos este projeto do Museu da Renda de Bilros para perpetuar na memória esta atividade secular muito inculcada socialmente nas nossas gentes", explicou o presidente da autarquia, António José Correia (CDU).
Com esse objetivo, o município abriu há vários anos a escola de bilros, criada para renovar a geração de rendilheiras e preservar a arte que remonta ao século XVI. O espaço possui uma centena de profissionais a trabalhar, de um total de 400 existentes em todo o concelho de Peniche, e a ensinar a arte a 60 crianças.
A autarquia tem vindo também a associar esta arte a uma coleção inovadora de joias, dando assim um contributo para inovar o mercado da joalharia portuguesa e para valorizar a tradição.
O projeto do museu, previsto para perto da Igreja de São Pedro, integra a candidatura da cidade às parcerias de regeneração urbana.
A autarquia viu aprovada a candidatura ao programa de requalificação urbanística Polis XXI - Parcerias para a regeneração urbana, tendo obtido um financiamento de 5,9 milhões de euros através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
A autarquia obteve comparticipação de 5.120 mil euros para um investimento total de 623 mil euros em espaço público.
Câmara e associações locais estão a investir 2,9 milhões de euros, aos quais acresce um milhão de euros por parte do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, no que à recuperação do fosso da muralha diz respeito.
O edifício que vai acolher o museu data dos anos 40 do século XX e está localizado no centro histórico da cidade.