É um fim de semana de festa na paróquia de Chão de Couce, no concelho de Ansião, que fica marcado com alguns incidentes que não tem passado de pequenos sustos.
Corpo do artigo
O fumo negro que saía do interior da Igreja Paroquial de Chão Couce, pouco antes do meio-dia, ainda chegou assustar alguns paroquianos, que rapidamente se juntaram e acabaram por extinguir o pequeno foco de incêndio. Os bombeiros de Ansião ainda foram chamados pelas 11.43 horas.
O maior atrativo desta Igreja é, sem dúvida, o Retábulo de Malhoa (1933), representando Nossa Senhora da Consolação. Foi a última grande obra de Malhoa, que, em 2003, perfez setenta anos de existência, efeméride que a Paróquia fez questão de lembrar de forma pública e festiva.
Tudo não passou de um susto. O incêndio ocorreu no anexo que chegou a servir de morgue. Ardeu uma mesa e pequenos objetos e uma parte das placas de cortiça de uma das paredes também ficou danificada.
Com o incêndio já apagado, à chegada dos bombeiros foi feita a ventilação e verificação das condições de segurança do espaço, que não causou danos de maior na estrutura do edifício.
Este é um fim de semana de especial importância na sede de freguesia, uma vez que estão a decorrer as festas em honra de Nossa Senhora do Pranto, cujo programa continuou, com a recolha das fogaças junto ao Pelourinho, seguindo-se a eucaristia e a procissão.
Os festejos começaram na sexta-feira, mas ficam marcados por pequenos incidentes sem consequências de maior. É que na passada quarta-feira pela manhã os bombeiros de Ansião já tinham sido chamados, após uma avaria no hidráulico da grua que procedia à colocação da iluminação no cimo da torre da igreja, a cerca de 15 metros de altura, com um homem no interior do cesto que acabou por ficar imobilizado.
A equipa de resgate e salvamento em grande angulo dos bombeiros de Ansião, procedeu a uma operação delicada e algo complexa para libertar o homem do cimo da torre, que chegou ao solo aliviado do susto e sem mazelas.
A Igreja Matriz de Chão de Couce foi construída na 1.ª metade do século XX, tem a nave e a Capela-Mor decoradas com azulejos figurativos, a azul, da autoria de Mário Reis. Do mesmo autor, existem no alto da fachada principal, dois registos de azulejos. Num nicho da Capela-Mor existe uma Imagem quinhentista, em pedra, da Virgem, sem pintura.