O ex-presidente da Câmara de Tavira, Macário Correia, considerou, esta sexta-feira,que o incêndio que lavra pelo terceiro dia naquele concelho está a causar perdas "muito superiores" do que os fogos que atingiram a mesma zona, em 2004.
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Segundo o atual presidente da Câmara de Faro, este incêndio atinge proporções maiores, não só por afetar uma maior extensão de território, mas sobretudo por estarem a arder zonas que não são de mato, mas sim de floresta organizada, com sobreirais e pinhais.
"Está a arder património que é relevante para a vida económica das populações. Em 2004 ardeu sobretudo mato e poucas árvores, desta vez as perdas são muito superiores", sublinhou.
Há oito anos, quando ainda presidia ao município de Tavira, aquela zona foi atingida por um incêndio de dimensões consideráveis, mas não tão grave como este, segundo o autarca.
Macário Correia lembra que há famílias com habitações e explorações agrícolas gravemente danificadas, com casos de perdas totais, e que as redes elétricas, telefónicas e até equipamentos de rega têm ficado destruídos.
"São situações muito preocupantes do ponto de vista social e económico", observou o também presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).
Macário Correia acrescentou ter convocado uma reunião daquele organismo para o dia 30 de julho, na qual será debatida a questão dos incêndios que estão a afetar a região algarvia.
Segundo o autarca, é preciso que os municípios sejam solidários e façam diligências junto do Governo para ter uma resposta para as populações atingidas.
A zona de Cachopo, na serra do Caldeirão, concelho de Tavira, está há mais de 48 horas a ser atingida por um incêndio de grandes dimensões, que já se alastrou ao concelho vizinho de São Brás de Alportel.