Arte xávega só tem uma companha em atividade. Proprietário lamenta falta de apoios para uma atividade que também atrai muitos visitantes. Câmara diz que vai ajudar.
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A arte xávega tem sido, ao longo de décadas, imagem de marca de Espinho, fomentando o turismo e atraindo clientela de várias proveniências. Mas a falta de apoio e de “sangue novo” põem em causa a tradição vareira, que a Câmara garante vir a apoiar. “Se não houver apoio para a arte xávega, um dia destes ela vai ao fundo”, garante Adelino Ribeiro, proprietário da companha Rita e Carolina, a única atualmente em atividade, em Silvalde.
Lino, como é conhecido entre as gentes da pesca, sabe do que fala. Há 23 anos que enfrenta contrariedades e teima em perpetuar a imagem das tripulações que se aventuram mar dentro, em plena madrugada, para chegarem, horas depois, com o peixe preso à rede, numa arte que atrai dezenas de forasteiros ao areal, movidos pela “sardinha do nosso mar”, ou simplesmente para uma foto de ocasião. “Se isto acabar, o turismo nesta zona desaparece. Ao fim de semana isto está cheio de turistas para tirarem fotografias junto ao barco e de clientes”, observa.