Os pescadores de Viana à Figueira da Foz estão parados desde a meia-noite. Queixam-se de "perseguição" por parte da Unidade de Controlo Costeiro da GNR e dizem que estão a ser multados por "infrações sem sentido" e "lacunas" causadas pelo Governo.
Corpo do artigo
Os manifestantes estavam, esta quarta-feira de manhã, reunidos com a secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, no porto de pesca da Póvoa de Varzim.
Mapas de férias e horários de quem sempre viveu às ordens da meteorologia, indonésios com contrato de trabalho, visto e descontos para a Segurança Social mas que não podem trabalhar, e um Diário de Pesca Eletrónico de "execução impossível" são algumas das queixas. Há quem tenha sido fiscalizado "duas e três vezes na mesma semana", "sem respeito pelas horas de descanso da tripulação".
O problema começou há três semanas com a chegada de novas equipas à Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR sob a alçada do comando de Matosinhos. Os pescadores temem que a "moda" pegue e, por isso, do cerco à pesca artesanal, encostaram os barcos ao cais. Agora, querem garantias que quem nunca parou de pescar para pôr peixe na mesa dos portugueses possa "trabalhar em paz".