Pescadores ponderam fechar porto de Leixões se barras não forem desassoreadas
A comunidade piscatória da Póvoa de Varzim e Vila do Conde pondera "fechar o porto de Leixões", caso o Governo não encontre uma "solução urgente" para o desassoreamento das barras locais.
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A ideia foi avançada esta terça-feira, em conferência de Imprensa, pelo presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar.
José Festas diz que os pescadores "perderam a paciência e poderão partir para esta forma de luta, impedindo a entrada e saída de barcos em Matosinhos".
Segundo José Festas, "qualquer dia, as barras da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde serão encerradas definitivamente devido ao assoreamento, o que será uma desgraça para centenas de famílias que vivem do mar".
Este é um problema que surge todos os anos e, desde Agosto, que os pescadores têm vindo, de novo, a alertar para esta questão.
Actualmente, a situação é de tal modo grave que, no passado mês de Outubro, as barras estiveram fechadas cerca de 20 dias, impedindo a entrada e saída de embarcações e que se traduziu em grandes prejuízos para os pescadores que ficaram impedidos de trabalhar.
Os pescadores vão reunir dentro de dias e, nesse encontro, será decidida a forma de protesto que vão levar a cabo e que poderá passar pelo 'encerramento' do porto de Leixões.
Na passada segunda-feira o dirigente da Associação dos pescadores reuniu com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que se mostrou "sensível ao problema dos pescadores", relatou o armador.