O líder da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), José Simão, afirmou, esta quinta-feira, que a gestão da proposta final das áreas de exploração de energias renováveis no mar em Portugal passou para a competência daquela organização, que tudo fará para que seja possível pescar na zona dos futuros parques.
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A proposta formal "redesenhada" pela DGRM, com "ajustes", será submetida a consulta pública "no final do próximo verão".
José Simão reuniu em Caminha com associações representativas da atividade da pesca de mar e de rio entre Esposende e Valença, para as auscultar sobre o projeto que prevê a criação de cinco áreas ao largo de Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines.
Garantiu que informações como onde se encontram "os melhores pesqueiros" nas zonas contempladas e todas as sugestões dos pescadores vão ser tidas em conta na elaboração da proposta final.
Obviamente que a pesca nos preocupa muito e será levada em linha de conta como uma prioridade nesta afinação das áreas, que terão de ter características muito próprias
Após a reunião à porta fechada, José Simão reafirmou que o processo das eólicas offshore em Portugal "não está fechado", e que a proposta preliminar das cinco áreas que foi submetida a "audiência pública" entre janeiro e março evoluirá conforme "os fatores de perturbação" que estão a ser identificados junto dos representantes das diversas atividades marítimas.
"Serão feitos os ajustes necessários no sentido de minimizar o impacto nestas atividades. Obviamente que a pesca nos preocupa muito e será levada em linha de conta como uma prioridade nesta afinação das áreas, que terão de ter características muito próprias", declarou o diretor-geral da DGRM.
Além disso, afirmou que, face a essa aprendizagem, é possível garantir que "não há motivo nenhum para que dentro desses parques a pesca seja completamente proibida". "Tudo faremos para que as artes de pesca compatíveis sejam permitidas dentro dos parques", afirmou, garantindo que, os ajustes a realizar na proposta inicial, permitirão que "as áreas que forem fixadas, tenham atividade de pesca no seu interior".