
Bruno Silva, diretor de relações públicas e sustentabilidade
Foto: Miguel Pereira
Fundado há 25 anos, em Guimarães, o Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros desenvolve soluções inovadoras para a indústria dos plásticos, automóvel, embalagem, aeronáutica, entre outras.
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O FLY.PT é um projeto de mobilidade que usa uma cabine que pode ser acoplada a uma plataforma com rodas para deslocações em terra e unida a um drone, para viajar pelo ar. Este é apenas um dos 350 projetos desenvolvidos no PIEP-Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, uma associação sem fins lucrativos, que nasceu, no ano 2000, a partir de uma iniciativa conjunta de várias empresas do setor dos plásticos, Universidade do Minho e IAPMEI.
Foto: Miguel Pereira
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A possibilidade de termos carros voadores já esteve mais distante. À entrada do PIEP, no campus da Universidade do Minho, em Guimarães, está exposto um modelo do FLY.PT, que pretende combinar a mobilidade terrestre e aérea, num equipamento. Uma cabine, suficientemente leve e resistente (aqui entrou o conhecimento dos engenheiros do PIEP), pode unir-se a uma plataforma com rodas e mover-se como um carro, ou a um drone e deslocar-se por via aérea. O projeto, financiado em 7,7 milhões de euros, pelo Portugal 2020, envolveu um conjunto de parceiros - Caetano Aeronautic; SETSA; Optimal Structural Solutions; CONTROLAR; Almadesign; TEKEVER II; INEGI; CEIIA; ISQ; INESC TEC; IPL; ISEP; Cluster Português para as Indústrias da Aeronáutica, Espaço e Defesa; EMPORDEF; Universidade de Évora; CODI; FHP e Stratosphere S.A- e culminou na construção de um veículo à escala 1:4 e de uma cabine à escala 1:1.
Plásticos indispensáveis
O PIEP está a celebrar 25 anos e a sua diretora-geral, Cláudia Cristóvão, sublinha que a investigação que ali se faz é mais útil que nunca, "porque não é possível imaginar o nosso futuro sem polímeros". Os plásticos têm uma "má fama" de poluidores, nem sempre justa, alertam os investigadores: "Os copos para café em papel, tem um revestimento em plástico e são mais difíceis de reciclar do que os antigos feitos apenas de plástico", ilustra Bruno Silva, diretor de relações públicas e sustentabilidade do PIEP. "Fazem-se leis para fazer substituição de materiais, sem suporte científico", aponta. As cápsulas de café também são difíceis de reciclar por conterem vários materiais, mas o PIEP acaba de desenvolver uma para a Bicafé que é feita de um só polímero.
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