Piloto vila-realense Manuel Fernandes Jr. vai competir na prova do KUMHO TCR World Tour.
Corpo do artigo
O piloto vila-realense Manuel Fernandes Jr. tem 31 anos e compete desde os nove. Como muitos outros, começou a ganhar o gosto no karting, onde se estreou com quatro anos. Passou para os carros quando teve idade para isso e nunca parou até ao “momento alto da carreira” que se cumpre, este fim de semana, no 54.° Circuito Internacional de Vila Real.
“Não há, ao nível dos carros de turismo, maior prova que KUMHO TCR World Tour, onde competem os melhores pilotos do Mundo”, enfatiza o jovem que já fez “grandes provas internacionais”, mas esta é, “sem dúvida, a prova das provas”.
Como se não bastasse, “correr em casa é uma chance para cumprir um sonho”, que, na verdade, é “duplo”, que é o de “competir numa prova do mundial de carros de turismo e em Vila Real”. Expectativas, realça, “só depois dos treinos livres”. Mas “a ambição é a vitória, claro”.
O convite surgiu quando foi confirmada para Vila Real uma etapa do KUMHO TCR World Tour. Lembra que montar o projeto foi “muito complicado”, mas “felizmente conseguiu-se ter os parceiros que acharam que era a altura certa para apostar nesta categoria e numa prova desta dimensão”. Depois, foi só “juntar o útil ao agradável e trabalhar”.
Manuel Fernandes Jr. vai correr num CUPRA Leon VZ TCR da equipa que representa, a francesa SP Compétition. Antes das corridas a sério, o piloto passou vários dias a fazer testes com o CUPRA em Barcelona (Espanha) e em Braga. Tem quase “400 cavalos” e pode atingir “a velocidade de 250 quilómetros por hora a descer a reta de Mateus”.
O circuito citadino de Vila Real já é bem conhecido, o que pode ser “uma vantagem”, no entanto, reconhece que vai competir com “pilotos que fazem vida das corridas”, enquanto para ele são apenas um hóbi.
Manuel Fernandes Jr. lamenta que em Portugal esteja “cada vez mais difícil fazer corridas”. Porque “o país está muito ligado ao futebol e é difícil arranjar apoios para provas internacionais”. Existem “excelentes pilotos portugueses e só uns cinco estão a fazer corridas lá fora”. A solução para ainda o conseguirem é “lutar muito”. Quando há uma prova internacional em Vila Real é “mais fácil”, pois “as empresas que apoiam têm interesse em mostrar-se onde têm clientes”.