O candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, afirmou, esta terça-feira, pretender transformar o Parque da Prelada, propriedade da Santa Casa da Misericórdia, fechado desde 2006, num "espaço de usufruto público".
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O socialista disse que, em cooperação com a Santa Casa do Porto e investindo cerca de 2,5 milhões de euros, "é possível colocar este parque de forma completamente aprazível à população", com espaços de lazer, convívio, prática desportiva e até hortas biológicas.
"Ainda por cima com a mais valia adicional, que é a recuperação patrimonial de um jardim que foi desenhado por Nicolau Nasoni", notou, acrescentando que aquela ampla parcela de terreno que está separada pela Via de Cintura Interna pode voltar a ligar-se "com uma passagem superior simples".
Questionado sobre o motivo pelo qual o atual executivo, liderado pelo independente Rui Moreira e do qual fez parte até maio, não tomou a iniciativa, Pizarro respondeu que, não sendo presidente da câmara, "não podia tomar conta de todos os assuntos".
"Se fizemos o que fizemos não sendo a liderança da câmara, imaginem o que faremos, como espero que aconteça, a partir da próxima semana se eu for o presidente", vincou.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares, que é mandatário do candidato do PSD/PPM, Álvaro Almeida, disse que a autarquia não avançou com uma parceria para abrir o parque "porque provavelmente não é fácil".
Trata-se de um projeto que "necessita de muita atenção e muito empenho", mas "a partir do dia 01 vai ter de haver tempo", considerou Tavares.
O responsável apelou ainda aos candidatos "que não fiquem na câmara e que vão para a oposição" a "também ajudarem nesse domínio".
Questionado se o encontro com António Tavares poderia ser um sinal de um pré-entendimento entre o PS e o PSD/PPM, Pizarro justificou que a Santa Casa é a proprietária daquele parque, mas que ficava "muito satisfeito" por haver abertura para dialogar com a sua candidatura.
Sobre entendimentos com outros partidos caso vença as eleições, o candidato reafirmou que encontrará "uma solução de governo estável e tranquila para a câmara, que respeite naturalmente o programa do PS".
"Eu não tenho o monopólio da verdade. Com toda a certeza há propostas de outros candidatos que são seguramente boas para o Porto e eu não tenho nenhum problema em concretizá-las e em dar ao seu autor a sua autoria", afirmou, sublinhando que gosta de "ponderar as propostas pelo seu real valor", e não pela sua origem política.
São candidatos à Câmara do Porto o independente apoiado pelo CDS-PP e MPT e atual presidente, Rui Moreira, o socialista Manuel Pizarro, Álvaro Almeida, pela coligação PSD/PPM, Ilda Figueiredo, da CDU, João Teixeira Lopes, do BE, Bebiana Cunha, do PAN, Costa Pereira, do PTP, Sandra Martins, do PNR, e Orlando Cruz, do PPV/CDC.