Plano de auto-avaliação permanente já dá resultados na Escola Básica e Secundária José Falcão
O plano estava traçado e cumpriu-se. Ao fim de cinco anos, a Escola Básica e Secundária José Falcão, de Miranda do Corvo, tornou-se a melhor pública do distrito de Coimbra, conseguindo um feito notável: saltou do 478º lugar do ranking nacional em 2023 para o 77.º nos exames do ano passado.
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Saiba em que lugar ficou a sua escola no ranking
O “segredo” está no sistema de auto-avaliação permanente implementado há cerca de cinco anos e que conta com o apoio da Universidade do Minho, explica ao JN o diretor José Manuel Simões. “Trabalhamos com objetivos permanentes, os alunos, e os pais, sabem que matéria eles dominam e qual não dominam para a trabalharem com os professores”, explica o diretor, destacando que assim “podem recuperar a qualquer altura”. Além disso, revela, “cada professor tem de ter obrigatoriamente, no mínimo, três tipos de instrumentos de recolha de avaliação dos alunos”, que é como quem diz, “não chegam os habituais testes”.
“A nossa pretensão era estar entre as melhores num espaço de cinco a seis anos e conseguimos”, diz satisfeito, entregando os principais louros aos cerca de 700 alunos e 90 professores da escola, não esquecendo a Câmara e as empresas, que contribuem com prémios monetários anuais para os melhores, que normalmente são entre 400 e 500, “que na avaliação de 0 a 5, só podem ter um 4, o resto tem de ser tudo 5, ou mais de 16,5 de média, nas notas de 0 a 20”. Essas distinções são atribuídas “numa gala que junta 4000 pessoas no pavilhão de Miranda do Corvo, no principal evento municipal do ano”, explica o diretor.
O agrupamento tem alunos de 29 nacionalidades. Um “mosaico” que vai da Gâmbia à Irlanda. No total são cerca de 12,5% de estudantes, revela José Manuel Simões, O facto de Miranda do Corvo ter três casas de acolhimento de jovens também contribui para esta universalidade.