Ter todos os envolvidos em segurança, melhorar os tempos de resposta e reduzir o número de reacendimentos com manobras de consolidação e rescaldo são os principais objetivos do plano de operações sub-regional do dispositivo especial de combate a incêndios do Ave.
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Apresentado esta sexta-feira, o plano prevê que, para a "época alta" de incêndios florestais, estejam disponíveis 460 bombeiros e um meio aéreo que está sediado em Fafe. Na fase entre 1 de julho e 30 de setembro, o dispositivo conta com 266 operacionais da equipa de combate a incêndios e da equipa logística de apoio ao combate, estando ainda disponíveis 16 equipas de sapadores florestais com 105 elementos.
Estes meios estarão disponíveis para os oitos municípios que integram a sub-região do Ave (Famalicão, Guimarães, Vizela, Fafe, Cabeceiras de Basto, Mondim de Basto, Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso).
Além dos meios humanos, o documento prevê os recursos materiais e condições logísticas afetas a cada uma das fases de combate aos incêndios rurais, assim como as localidades com perigosidade mais elevada da sub-região do Ave (Famalicão, Guimarães, Vizela, Povoa de Lanhoso, Fafe, Vieira do Minho e Mondim de Basto).
"Os municípios mais interiores tem um maior potencial para a ocorrência de grandes incêndios, a perigosidade é mais elevada", apontou Rui Costa, comandante sub-regional do Ave. "Estas zonas têm menos capacidade de resposta por isso é preciso adaptar para balancear", continuou.
O plano identificou 59 freguesias prioritárias que se situam maioritariamente nos municípios mais interiores como Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Mondim de Basto, Cabeceiras de Basto. O concelho de Guimarães tem seis freguesias que são prioridade.
Para Rui Costa, o despovoamento, o envelhecimento e a acumulação de material lenhoso nas florestas são os principais fatores de risco na região.
O comandante sub-regional destacou a necessidade de "combater em segurança", fazer uma monitorização precoce para evitar ignições e sensibilizar a população para evitar comportamentos de risco.
O dispositivo de combate proposto pelo plano de operações de combate a incêndios rurais abrange uma área de 1451 quilómetros quadrados e 420 mil habitantes.