“A liberdade permanece intacta, mas a democracia corre riscos”, afirmou, esta terça-feira, José Pacheco Pereira na conferência “Diálogos de Abril/50 anos depois”, organizada pelo Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa.
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Convidado a partilhar sobre o que falta cumprir da revolução, o ex-deputado e fundador de Ephemera, frisou que a liberdade “permitiu a democracia mas, agora, a democracia está em risco”.
“A democracia só existe se a gente quiser porque é uma combinação entre a soberania e a vontade popular” e, para Pacheco Pereira, “a pobreza e a falta de esperança em sair da pobreza põem em risco e são uma forte ameaça”. Questionado por estudantes sobre os novos partidos, referiu que “o Chega é uma nova Direita que assenta no fracasso da vida das pessoas”.
Vida antes e depois da revolução
Para celebrar a Liberdade, na véspera do Dia do Trabalhador, a Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais convidou, para além de Pacheco Pereira, os professores universitários Irene Flunser Pimentel e Vicente de Goes, a ilustradora Gabriela Araújo e o escritor Hugo Gonçalves, entre outros.
Hugo Gonçalves revelou a investigação que fez para escrever várias obras sobre a vida antes e depois da revolução e destacou as diferenças na qualidade de vida familiar desde há 50 anos.