Instalações atuais foram projetadas para 300 alunos e acolhem cerca de dois mil. Obra avança no final deste ano.
Corpo do artigo
A construção da nova Escola Superior de Saúde de Bragança e do Centro para a Inovação e Qualificação em Saúde Sustentável deverá começar até ao final deste ano. O projeto do Instituto Politécnico de Bragança, que visa criar um equipamento de “ponta” no país, representa um investimento superior a 10 milhões de euros.
O novo edifício para a Escola Superior de Saúde é solicitado, há muito tempo, por estudantes e por professores daquela instituição de ensino. O atual, construído em 1973, “foi projetado para 300 alunos. É insuficiente, pois estudam lá dois mil”, admite Orlando Rodrigues, presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). As aulas das licenciaturas, dos mestrados, das pós-graduações e dos cursos técnicos superiores profissionais repartem-se “por salas e laboratórios das outras escolas superiores, localizadas em Bragança, onde existe espaço”, explica o responsável, assinalando que uma das preocupações do politécnico é otimizar os recursos e as instalações.
Investigação com a ULS
A nova escola terá, além dos habituais espaços para aulas e para zonas de apoio, uma estrutura destinada à investigação no Centro para a Inovação e Qualificação em Saúde Sustentável. “Vamos desenvolvê-lo em parceria com a Unidade Local de Saúde do Nordeste, com quem temos alguns projetos conjuntos e que pretendemos amplificar no sentido de ter capacidade de melhorar a qualificação dos profissionais de saúde, bem como a investigação conjunta”, especifica.
O terreno para a construção da nova escola superior, localizado em frente ao Hospital de Bragança e ao lado do Museu da Língua Portuguesa (equipamento que ainda está em construção), foi cedido pelo Município de Bragança. Trata-se de um prédio urbano com 736 metros quadrados, onde existem edifícios devolutos. “Queremos uma escola com boas instalações e criar boas condições para o desenvolvimento da investigação científica, também na perspetiva da ligação à comunidade. É essa a natureza do projeto em ligação com a Unidade Local de Saúde do Nordeste para desenvolver projetos de investigação e de inovação em saúde”, concretiza o presidente do Politécnico de Bragança.
O IPB candidatou o projeto a fundos comunitários do Programa Operacional do Norte 2030, na expectativa de obter um financiamento de cerca de três milhões de euros. “Está em fase de avaliação ainda, mas temos a esperança de poder vir a contar com esse financiamento. É insuficiente para o custo da obra. Por isso, avançaremos com recursos próprios”, realça Orlando Rodrigues. As atuais instalações da Escola Superior de Saúde, projetadas pelo arquiteto Viana de Lima e classificadas como património histórico, poderão vir a ser cedidas à Unidade Local de Saúde do Nordeste, mediante uma contrapartida financeira. “É um pré-acordo, mas é uma hipótese que está em cima da mesa. Ou então, ficaremos com elas para ter mais instalações para a investigação científica”.