A presidência do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) voltou atrás na decisão de encerrar as seis residências de estudantes durante o mês de agosto. Uma medida tomada após a contestação dos estudantes PALOP, principais prejudicados com um eventual encerramento.
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Tal como o JN tinha revelado, no dia 5 de maio, a presidente do IPBeja exarou um despacho que determinava o encerramento das seis residências daquela instituição, onde estão alojados a grande maioria dos estudantes oriundos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique e que durante aquele mês ficariam impedidos de viver nos espaços que ocupam ao longo do ano.
No despacho, Maria de Fátima Carvalho justificava a decisão com "a desnecessidade de manter em funcionamento as residências de estudantes, por ser período de férias escolares, obviando assim os custos decorrentes da manutenção dos alojamentos, em prol da boa gestão de recursos."
Os protestos dos estudantes africanos, de que o JN deu eco, levaram a presidência do Politécnico a reconsiderar e a optar por não encerrar uma das residências de acolhimento dos estudantes durante o mês de agosto.
Em novo despacho emitido na passada segunda-feira, Maria de Fátima Carvalho diz que "a proposta de encerramento tinha partido dos Serviços de Ação Social (SAS)" mas que posteriores comunicações dos estudantes, impossibilitados de regressar às suas terras levaram a uma mudança de rumo. "Importa responder às necessidades excecionais dos estudantes, mantendo em funcionamento a residência", concluiu.
A concessão do alojamento durante o mês de agosto fica dependente do aproveitamento escolar e da inexistência de dívidas, de qualquer natureza, perante o IPBeja.