A reunião do executivo municipal de Valongo, que decorreu na tarde desta quinta-feira, foi muito acalorada, mas não por causa do assunto "polvo". O Estádio de Sonhos é que foi o assunto dominante.
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"Gostava de não ver os meus amigos envolvidos em questões que podem ser menos felizes". A expressão foi deixada logo no início da reunião por Adriano Ribeiro, vereador da CDU, acompanhada por um desejo: de que tudo se resolva "o melhor possível".
Sem nomear a questão, o vereador também não ouviria falar dela ao longo de uma agitada sessão que terminou abruptamente, quando se ouviu um "Ai" e um estrondo. Uma funcionária tinha caído desamparada e aqueles que minutos antes tinham sido beligerantes acudiram à senhora com igual preocupação.
Passado o susto e já em declarações aos jornalistas, o presidente, José Manuel Ribeiro, referiu não ter sido ainda citado no âmbito da queixa-crime que foi apresentada pelo vereador João Paulo Baltazar à conta de um panfleto em que o social-democrata e ex-presidente da Câmara era acusado de ser a cabeça de um polvo com ligações promíscuas a oito pessoas.
O caso remonta a 2013, a queixa foi divulgada há dias, mas esta quinta-feira só o vereador comunista pincelou o assunto. "Estou de consciência tranquila", disse o presidente aos jornalistas.
A reunião foi dominada por outra questão legal, a ação de despejo, movida pela IMOSÁ, que pode levar o Ermesinde Sport Club 1936 a perder o Estádio de Sonhos em breve. Muito acalorada foi a discussão, caracterizada por várias acusações com efeito "boomerang" entre o líder do executivo e o antecessor.
A Câmara tem quatro hipóteses em cima da mesa, entre as quais a aquisição com permuta de dois terrenos junto à saída da autoestrada e a expropriação.