A interdição de circulação a carros no tabuleiro inferior da Ponte de Luís I será levantada, durante a noite, a partir deste domingo. A travessia reabriu renovada em abril, mas permitia apenas a passagem de peões e transportes públicos.
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Reabriu, renovado, a 14 de abril deste ano, mas a circulação no tabuleiro inferior da Ponte de Luís I, entre o Porto e Gaia, esteve reservada, desde essa altura, a peões e transporte público. As obras de requalificação mantiveram a travessia encerrada cerca de ano e meio e não houve qualquer cerimónia inaugural no dia da reabertura ao trânsito. Comerciantes e moradores foram surpreendidos pela alteração na circulação de trânsito, uma vez que não foi feito nenhum aviso prévio à população a dar conta da alteração.
Aliás, na altura, ao JN, foram vários os gerentes e trabalhadores de restaurantes da Ribeira do Porto que se queixaram da falta de aviso e também da necessidade de uma janela horária que permitisse aos negócios lá instalados atravessar a ponte para fazerem cargas e descargas. Caso contrário, o caminho alternativo seria custoso. As câmaras do Porto e de Gaia garantiram, à data, que não voltariam atrás na decisão.
Cerca de seis meses depois, as autarquias abrem uma exceção entre as 20 horas e as seis horas, permitindo a passagem de veículos motorizados privados. Em comunicado, dizem que "a decisão inicial de restringir a circulação viária visou a promoção da segurança rodoviária face às características e dimensão do tabuleiro inferior da ponte relativamente ao elevado fluxo pedonal que ali se verifica, com uma tendência crescente de utilização".
Os municípios dizem estar a monitorizar "a situação através da recolha de dados de tráfego e solicitações de munícipes", e a procura pedonal "após as 20 horas, é compatível com a dimensão do espaço afeto ao peão e à potencial procura dos restantes modos de transporte".
Para "facilitar a acessibilidade local e operações de logística"
"Além disso, sendo o período entre as 20 e as 6 horas coincidente com a redução da oferta de transporte público, potenciando o cumprimento do restante horário, a circulação motorizada na ponte será permitida de forma a facilitar a acessibilidade local e operações de logística, sem ter um impacto significativo na utilização pedonal e ciclável, bem como na circulação do transporte público", pode ler-se no comunicado enviado às redações.
Esta "nova solução de mobilidade", acrescentam, "será, permanentemente, monitorizada pelos dois municípios".