As autoridades esperam instalar, até sexta-feira à tarde, uma ponte militar na Fajã da Ribeira, localidade na freguesia da Serra d'Água que ficou isolada no temporal de 20 de Fevereiro na Madeira.
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Segundo o comandante das Forças Terrestres, Vítor Amaral Vieira, que está de visita à Região Autónoma da Madeira e percorreu os locais mais afectados pela intempérie, a nova ponte resulta de "um trabalho profundo de reconhecimento de técnicos de engenharia militar".
O responsável militar, que visitou a zona onde decorrem os trabalhos para colocação da ponte metálica do exército, recordou que o transporte deste material é "complexo do ponto de vista logístico".
A ponte foi transportada de Lisboa em três aviões C-130 e deverá começar hoje, quarta-feira, a ser deslocada do Aeroporto da Madeira para o concelho da Ribeira Brava, onde será montada "de acordo com os requisitos colocados pelo Governo Regional", adiantou Vítor Amaral Vieira.
"Se as condições meteorológicas ajudarem, vamos garantir que, até o final de sexta-feira, aquelas 70 pessoas que vivem naquele vale da Ribeira Brava estejam ligadas" ao resto do concelho por uma via de circulação, destacou.
O comandante das Forças Terrestres adiantou que os trabalhos estão a ser acompanhados por sete técnicos da equipa de pontes da Escola Prática de Engenharia.
Vítor Amaral Vieira realçou a "enorme capacidade de reacção do povo da Madeira" e a cooperação entre as equipas militares e empresas civis que estão a trabalhar nos trabalhos de reconstrução.
"Fez-me impressão o numero de máquinas pesadas que a região conseguiu mobilizar e a forma coordenada como estão a trabalhar", sublinhou, adiantando que contribuíram para "a enorme diferença que se conseguiu ver em relação às imagens dramáticas de há apenas uma semana".
O temporal que assolou a Madeira a 20 de Fevereiro provocou 42 mortos, oito desaparecidos e 600 desalojados, além de prejuízos materiais avaliados na ordem dos 1,4 mil milhões de euros.