Ana Pasqual, da florista "Pica-Pedra", garante que perdeu 99% dos clientes; Ilda Ferreira, da Farmácia Nova, não quantifica a perda, mas também confirma que diminuiram as vendas; na tabacaria ao lado, diminuíram os registos do euromilhões e nas oficinas automóveis locais já se perdeu a conta ao número de clientes que desapareceram.
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Os comerciantes da Madalena, em Chaves, estão à beira de um ataque de nervos por causa das obras que, há cerca de três semanas, deixaram a freguesia quase isolada. A Câmara de Chaves promete resolver o problema até ao final do mês.
"Há um desvio, mas a placa quase nem se vê e não passam dois carros ao mesmo tempo. As pessoas andam de roda, de roda e não entram na Madalena", queixa-se Ilda Ferreira. "No dia do Corpo de Deus, para não perder os clientes, fui obrigada a levar as flores ao L'Eclerc, porque as pessoas não sabiam como vir até aqui de carro", relata Ana Pasqual.
Fartos da situação, os comerciantes já reuniram com o presidente da Câmara, João Batista. Queriam que fosse reaberta ao trânsito a Ponte Romana, que, há já algum tempo, foi pedonalizada, à revelia da maioria dos comerciantes. "Isso está fora de questão. Aquilo que ficou decido foi que até ao final do mês terão um acesso a partir da Estrada da Fronteira", disse, ao JN, o autarca, garantindo que o empreiteiro, com quem reuniu, ontem, lhe confirmou isso mesmo.
Quanto à conclusão da obra, o autarca fala em "cerca de três semanas". "Quando há obras, há sempre incómodos, o que esperamos é que acabem o mais rapidamente possível", afirma Batista.
Além de uma rotunda, junto ao jardim público, estão a ser abertas valas para renovação da rede de água e para enterrar cabos eléctricos.