Porto celebra novo ano chinês sob o signo da amizade e da cultura
A Câmara do Porto celebrou a entrada do novo ano chinês sob o lema da amizade e da cultura, nesta sexta-feira. Foi a segunda vez que a presidência de Rui Moreira assinalou a tradição em frente aos Paços do Concelho. Depois do coelho, é o dragão que, a partir do dia 10, vai dominar um ano que se espera auspicioso.
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Um ano que se espera ainda mais auspicioso, podemos dizer, pois o dragão já é, na tradição chinesa, o símbolo máximo do poder e da sorte. Os rituais são marcados, em todo o Mundo, pela dança do dragão, orientada pelo som de tambores que simboliza o bater do coração. No Porto, a escola de artes marciais She-Si, única em Portugal com uma equipa profissional de dança do dragão, voltou a marcar o momento junto à Câmara, nesta sexta-feira.
Ao entrar no novo ano, o dragão tem de ser acordado para fazer despertar as boas energias. Primeiro pinta-se de vermelho os olhos e a língua e, a seguir, borrifa-se a cabeça com água. E o dragão está pronto para um serpentear de cor e alegria.
À dança do dragão seguiram-se demonstrações de artes marciais chinesas protagonizadas por alunos da Escola Lou Hau, da Sheng Kung Hui Choi Kou School e da Escola da Associação para Filhos e Irmãos dos Agricultores, todas com sede em Macau. Ao momento cultural juntou-se a solidariedade da comunidade chinesa em Portugal, que ofereceu a cinco instituições da cidade que prestam apoio na área social um cheque de mil euros cada.
Consciente da "relevância social, económica e cultural da comunidade chinesa na cidade do Porto", o presidente da Câmara referiu que, ao festejar a entrada do novo ano, o Município está a "celebrar a amizade, a aprofundar o multiculturalismo e a promover o diálogo com a China". Palavras deixadas na cerimónia de receção ao embaixador em Portugal, Zhao Bentang.
Rui Moreira lembrou que no Porto residem 2650 chineses, que enriquecem a cidade "com a sua identidade cultural e a diversidade das suas tradições, artes, costumes e saberes". Pelas suas palavras, a cultura é "a área em que mais se sente a influência recíproca entre Portugal e a China", países que têm relações comerciais desde os alvores do século XVI.
"É também a cultura o fator com maior potencial agregador na relação do Porto com a sua comunidade chinesa", disse ainda, na expectativa de que, sob os auspícios do dragão, em 2024 se possa "reforçar os laços culturais e de amizade com a China e com a comunidade chinesa em Portugal".
