A Câmara do Porto vai avançar com um serviço de transporte público flexível a pedido, para cobrir a zonas onde a STCP não vai mas que têm procura por parte de passageiros. O projeto piloto deverá funcionar por um período de seis meses, após os quais será feita uma avaliação.
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"Aquele modelo de transporte flexível deve ser capaz de assegurar que a rede de transporte chega a zonas onde, por razões que se prendem com a largura da via e a dimensão do autocarro, é impossível o seu acesso, mas onde existe procura potencial, e por outro lado, garantir a existência de ligação ao sistema de transporte público de forma eficiente", explica a proposta de lançamento do projeto, que vai à reunião de Câmara de segunda-feira.
O projeto "+perto" será materializado através de um contrato-programa com a STCP Serviços e destina-se aos portadores do Cartão Porto. O serviço, sem horários predefinidos e que não será concorrente da STCP, deverá ser assegurado por operadores de táxi do contingente do município do Porto, explica a proposta, avançando que a ideia é começar, já neste mês, "com um conjunto de ensaios para validar os procedimentos de agendamento das viagens, bem como verificar as condições de exploração pelos taxistas".
A regras determinam que o serviço é válido para residentes no concelho, titulares do Cartão Porto. A distância máxima de viagem deverá ser de 2,5 quilómetros, tendo o custo de um euro por passageiro, a partir dos 4 anos. A pré-reserva será obrigatória (quatro horas antes da data e horário pretendido), sendo possível agregar mais do que um pedido, para otimizar percursos e meios. A lotação máxima será de três pessoas por veículo.
Com 50 pontos de recolha espalhados por toda a cidade, o transporte a pedido funcionará das 6 da manhã à meia-noite. O serviço de atendimento estará disponível todos os dias. O pré-pagamento será modalidade obrigatória e as crianças até aos 14 anos terão de ser acompanhadas por um adulto. Os utentes poderão fazer a marcação da viagem através do telefone ou de uma plataforma online.
Em relação aos prestadores do serviço, está estipulado que terão direito a receber 4,5 euros por viagem. A adesão é voluntária e gratuita, mediante registo. A iniciativa, segundo a Câmara, garantirá "o acesso livre, equitativo e não discriminatório a todos os operadores de táxi detentores de licença no Município do Porto, os percursos, horários, tarifários, receitas e custos".